Subdirector-geral da Saúde nomeado novo responsável do Programa para a Diabetes

A prevalência estimada da doença na população portuguesa com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos (7,7 milhões de indivíduos) é de 13,3%, isto é, mais de um milhão de portugueses.

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MANUEL ROBERTO

O novo director do Programa Nacional para a Diabetes vai ser o subdiretor-geral da Saúde Diogo Fonseca da Cruz, disse à agência Lusa fonte oficial do Ministério da Saúde. O responsável é especialista em medicina interna. O Programa para a Diabetes estava sem director desde o início do ano, tendo sido até então liderado por Cristina Valadas.

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O novo director do Programa Nacional para a Diabetes vai ser o subdiretor-geral da Saúde Diogo Fonseca da Cruz, disse à agência Lusa fonte oficial do Ministério da Saúde. O responsável é especialista em medicina interna. O Programa para a Diabetes estava sem director desde o início do ano, tendo sido até então liderado por Cristina Valadas.

Segundo fonte oficial do Ministério da Saúde, a escolha do subdirector-geral para liderar este programa da diabetes tem a ver com a prioridade que o Ministério pretende dar ao programa, sobretudo ao nível da prevenção e também do combate e controlo da doença.

O director do Programa terá também um conselho científico composto por representantes das ordens dos Médicos, Enfermeiros, Farmacêuticos e Nutricionistas, bem como da Sociedade de Diabetologia, da Sociedade de Endocrinologia, da Sociedade de Medicina Interna, da Sociedade de Pediatria e da Associação de Medicina Geral e Familiar.

Na segunda-feira, o Ministério da Saúde e a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) vão estabelecer "um novo compromisso de cooperação" para os próximos cinco anos, consolidando a prestação de cuidados prestados pela associação a utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Segundo disse à agência Lusa o presidente da APDP, José Boavida, este compromisso será assinado entre a associação, todas as administrações regionais de Saúde e a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

O acordo deve ter início em Janeiro de 2019 e estender-se a 31 de Dezembro de 2023 e permite que a APDP continue a prestar cuidados às pessoas com diabetes, desde consultas a tratamentos ou exames.

Segundo José Manuel Boavida, a associação ajuda a cuidar de cerca de 50 mil pessoas com diabetes, doença que em Portugal afecta mais de um milhão de pessoas.

O principal acordo que a associação tem firmado é com a Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo, mas o novo compromisso vai ainda "normalizar os acordos" com a região do Alentejo e do Algarve.

Com a zona Centro, o novo compromisso de cooperação servirá sobretudo para dar apoio a pessoas das áreas de Castelo Branco e Covilhã, zonas com "grande carência", e com população que tem os familiares essencialmente em Lisboa. Com a zona Norte, o acordo servirá fundamentalmente para dar apoio em situações pontuais.

"No fundo, a preocupação da Associação é manter e assegurar os serviços que temos prestado e criar condições para respondermos com mais proximidade", afirmou à Lusa o presidente da APDP.

200 novos doentes por dia

José Manuel Boavida considera fundamental "um compromisso para reforçar a integração da APDP no Serviço Nacional de Saúde", lembrando que 85% a 90% por cento das pessoas a quem são prestados cuidados na Associação são utentes do SNS.

Por dia, a diabetes é diagnosticada a cerca de 200 novos doentes. A prevalência estimada da diabetes na população portuguesa com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos (7,7 milhões de indivíduos) é de 13,3%, isto é, mais de um milhão de portugueses.

A este número juntam-se mais de dois milhões de pessoas com pré-diabetes. Esta é uma doença crónica com elevada incidência nos subtipos 1 e 2 que, apesar dos múltiplos investimentos ao nível do diagnóstico precoce e dos avanços terapêuticos, continua a envolver elevados custos económicos, sociais e humanos, lembra a APDP.