Tratamentos de cancro da pele custaram mais de 140 milhões em quatro anos

A incidência dos vários tipos de cancros da pele tem vindo a aumentar em todo o mundo e está relacionada com a exposição solar exagerada ou inadequada.

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Este ano deverão surgir em Portugal 12.000 novos casos Fábio Augusto

Os custos dos tratamentos dos cancros da pele realizados nos hospitais públicos, entre 2011 e 2015, atingiram 140 milhões de euros, segundo um estudo da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC), que será divulgado nesta segunda-feira em Lisboa.

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Os custos dos tratamentos dos cancros da pele realizados nos hospitais públicos, entre 2011 e 2015, atingiram 140 milhões de euros, segundo um estudo da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC), que será divulgado nesta segunda-feira em Lisboa.

O estudo analisou os custos inerentes aos tratamentos dos cancros realizados em ambulatório e internamento nos hospitais públicos do Continente, que representaram 118 milhões de euros nos "cancros de pele não melanoma" e de 23,9 milhões de euros nos casos de melanoma. Perante estes resultados, o estudo alerta para a importância do registo dos cancros da pele não melanoma.

"É essencial para a planificação e dotação de recursos humanos e financeiros para o tratamento precoce e mais adequado destes cancros da pele", defende o estudo, que é apresentado nesta segunda-feira num encontro promovido pela APCC, no âmbito da celebração do Dia do Euromelanoma, Dia dos Cancros da Pele que, este ano, decorrerá em Portugal no dia 16 de Maio.

Neste dia, irão ser realizados rastreios de cancros da pele em mais de 40 serviços de dermatologia do país, adianta a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo em comunicado.

Para sensibilizar a população para a prevenção desta doença, a associação vai desenvolver uma "rede de Representantes da APCC, liderada por médicos dermatologistas que, em colaboração com voluntários da APCC, seja médicos de medicina geral familiar, seja enfermeiros, farmacêuticos e educadores", vão dinamizar acções de junto das populações.

Será também criado um "Roteiro de Verão", liderado por dermatologistas, com apoio de vários voluntários, que irão percorrer nos fins-de-semana de Julho praias marítimas ou fluviais de todo o país, levando "mensagens concretas de protecção solar adequada" e explicando como se diagnostica precocemente os diferentes cancros da pele.

A incidência dos vários tipos de cancros da pele tem vindo a aumentar em todo o mundo, estimando-se que em Portugal, em 2018, sejam diagnosticados mais de 12.000 novos casos e cerca de 1000 serão novos casos de melanoma, adianta a associação.

"A maioria destes cancros da pele está relacionada com a exposição solar exagerada ou inadequada ao longo da vida, seja por motivos profissionais ou de lazer, (como as actividades desportivas ao ar livre no horário inadequado ou sem a correcta protecção solar, sobretudo com o chapéu e vestuário que cubra toda a pele incluindo antebraços e decote)", refere a associação.