Mónica Quintela: porta-voz para a Justiça é próxima de Elina Fraga

Advogada tem defendido arguidos famosos, como Pedro Dias, Ana Saltão ou o "bruxo da Areosa".

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Mónica Quintela LUSA/MIGUEL PEREIRA DA SILVA

Elina Fraga, a escolha de Rui Rio para vice-presidente do PSD que levantou críticas no partido, não foi indicada para o Conselho Estratégico Nacional, apresentado nesta quinta-feira pelo presidente do partido. Mas no lugar de porta-voz para a Justiça está uma mulher que é bastante próxima de Elina Fraga: Mónica Quintela.

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Elina Fraga, a escolha de Rui Rio para vice-presidente do PSD que levantou críticas no partido, não foi indicada para o Conselho Estratégico Nacional, apresentado nesta quinta-feira pelo presidente do partido. Mas no lugar de porta-voz para a Justiça está uma mulher que é bastante próxima de Elina Fraga: Mónica Quintela.

Tornou-se conhecida depois de defender o homicida Pedro Dias, condenado a 25 anos de cadeia na sequência dos crimes de Aguiar da Beira.

Não foi a primeira vez, porém, que esta mulher vistosa de quase 51 anos ganhou fama num caso de homicídio: foi a ela que recorreu a inspectora da Polícia Judiciária Ana Saltão quando foi acusada de matar a avó do marido com 14 tiros. Mónica Quintela reduziu a zero os 17 anos de prisão a que a sua cliente foi condenada, depois de fazer anular no Supremo a sentença inicial e conseguindo um segundo julgamento no qual a arguida foi ilibada. Também se bateu em tribunal pelo chamado bruxo da Areosa, um dos homens implicados na morte de um empresário de Braga cujo corpo foi dissolvido em ácido.

Há quem diga que é uma perita em encontrar nulidades nos processos que lhe vão parar às mãos.

Natural de Vieira do Minho, trabalha com o marido, também advogado mas muito mais discreto. Mónica Quintela foi vogal do conselho geral da Ordem dos Advogados entre 2014 e 2016, era Elina Fraga bastonária, fazendo ainda parte do seu currículo a coordenação de um projecto para intercâmbio internacional de jovens no âmbito do combate ao racismo. A sua proximidade com esta vice-presidente do PSD mede-se de forma simples: quando a bastonária precisou de um advogado que a defendesse por ter despedido uma funcionária da Ordem foi Mónica Quintela que chamou. E correu-lhe bem.