Criadores de quatro países nos museus da Chapelaria e Calçado de São João da Madeira

Programação para este ano aposta na divulgação do processo criativo de designers das Filipinas, Espanha, Holanda e Áustria

Fotogaleria

A direcção dos museus da Chapelaria e do Calçado, em São João da Madeira, revelou que a sua programação para 2018 aposta na divulgação do processo criativo de designers das Filipinas, Espanha, Holanda e Áustria.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A direcção dos museus da Chapelaria e do Calçado, em São João da Madeira, revelou que a sua programação para 2018 aposta na divulgação do processo criativo de designers das Filipinas, Espanha, Holanda e Áustria.

Harvy Santos, Amber Ambrose Aurèle, Estibalitz Diaz Durana e Carolin Holzhuber são os autores escolhidos para as exposições temporárias subordinadas a um tema comum aos dois equipamentos culturais: "Criar entre mundos – da cabeça aos pés".

"Esta é a chave conceptual da programação do Museu da Chapelaria e do Museu do Calçado, o que remete, por um lado, para a ideia de multiplicidade cultural e identitária associada à proveniência de cada artista convidado e, por outro, para as múltiplas ideias, conceitos e mensagens que a sua obra expõe", explica Suzana Menezes, chefe da Divisão de Cultura da autarquia.

Duas das exposições anunciadas arrancam já no domingo, sendo que a primeira reúne no Museu da Chapelaria 81 peças de oito colecções de Harvy Santos, jovem designer de chapéus e toucados que é natural das Filipinas e reside em Londres. "É hoje apontado como um dos mais promissores designers de chapéus da actualidade" segundo Suzana Menezes.

No mesmo dia, o Museu do Calçado inaugura a primeira exposição individual da holandesa Amber Ambrose Aurèle, "jovem designer que cria sapatos de saltos vertiginosamente altos e assim desafia as fronteiras entre a alta-costura e a arte".

Docente de História da Moda, História do Calçado, Cultura e Lifestyle em instituições da Holanda e da China, a criadora explora nos seus sapatos temas como o neoplasticismo de Piet Mondrian, o cosmos ou a literatura, propondo-se calçar com materiais como plumas, porcelana, celofane, cabelo e luz uma mulher que pode ter tanto de "forte" como de "vulnerável".

Seguem-se, em Outubro, as mostras sobre a chapeleira espanhola Estibalitz Diaz Durna e a designer de calçado austríaca Carolin Holzhuber. A primeira exibirá chapéus "intensos e cheios de força, que se destacam pela riqueza e luxúria dos materiais e acessórios usados, pela força e intensidade dos temas retratados e por uma peculiar estética surrealista"; já a designer austríaca, habituada a colaborar com criadores de alta-costura e agora em estreia em Portugal, dará a conhecer sapatos "que combinam modernidade e artesanato" na tentativa de "destruir a linha que separa a Arte da Moda".

Em Agosto, o Museu da Chapelaria irá ainda receber a exposição "Criadores Nacionais e seus chapéus", com peças desenhadas pelos designers Alexandra Moura, Anabela Baldaque, Carolina Cameira, Catarina Vassalo, Celsus, Dino Alves, Filipe Faísca, Katty Xiomara, Miguel Vieira, Nuno Gama, Pedro Alves, Pedro Mourão, Ricardo Andrez e Sara Lamúrias.

As referidas mostras temporárias serão complementadas com acções paralelas como oficinas educativas, visitas guiadas, mesas redondas com designers e industriais de chapelaria e calçado, e masterclasses dirigidas a alunos do ensino superior e de cursos tecnológicos de Design e Design de Moda.