Colômbia acusa guerrilha comunista de recrutar refugiados venezuelanos

As autoridades colombianas procuram quatro pessoas, duas delas venezuelanas, suspeitas de terem estado envolvidas nos atentados.

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Os diálogos de paz entre o Presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e o Exército de Libertação Nacional encontram-se suspensos LUSA/CESAR CARRION HANDOUT

O comandante das forças armadas da Colômbia disse nesta quinta-feira que o grupo guerrilheiro Exército de Libertação Nacional (ELN) está a recrutar venezuelanos que procuram refúgio na Colômbia por causa da crise no seu país.

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O comandante das forças armadas da Colômbia disse nesta quinta-feira que o grupo guerrilheiro Exército de Libertação Nacional (ELN) está a recrutar venezuelanos que procuram refúgio na Colômbia por causa da crise no seu país.

O general Alberto José Mejía garantiu que os guerrilheiros de inspiração comunista estão a recrutar para as suas fileiras refugiados venezuelanos que chegam à Colômbia em situação de vulnerabilidade.

Mais de 550 mil venezuelanos vivem oficialmente na Colômbia, estimando-se que todos os dias cruzem a fronteiras 37 mil pessoas oriundas do país presidido por Nicolás Maduro, em busca de medicamentos e bens de primeira necessidade.

As autoridades colombianas procuram quatro pessoas, duas delas venezuelanas, suspeitas de terem estado envolvidas nos atentados do passado fim-de-semana contra várias estações de polícia, em que morreram sete agentes.

"O recrutamento de venezuelanos para a causa da guerrilha é um problema que não podemos esconder" disse o general, em conferência de imprensa.

Os diálogos de paz entre o governo colombiano e o ELN têm decorrido em Quito, no Equador, mas encontram-se suspensos depois de uma vaga de atentados ocorridos nos últimos dias.