Ministro da Saúde diz que fim da ADSE é “disparate”

Adalberto Campos Fernandes não comenta "táctica negocial" dos hospitais privados

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Adalberto Campos Fernandes, ministro da Saúde LUSA/TIAGO PETINGA

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, classificou nesta sexta-feira de “disparate” um eventual fim da ADSE e disse que a hipótese de os hospitais privados atenderem os beneficiários nas mesmas condições, mas fora da convenção, não passa de uma “táctica negocial”. “Não vamos ser tremendistas, nem comentar táctica negocial”, disse Adalberto Campos Fernandes, à margem das XXI Jornadas de Infecciologia que decorrem em Lisboa.

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O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, classificou nesta sexta-feira de “disparate” um eventual fim da ADSE e disse que a hipótese de os hospitais privados atenderem os beneficiários nas mesmas condições, mas fora da convenção, não passa de uma “táctica negocial”. “Não vamos ser tremendistas, nem comentar táctica negocial”, disse Adalberto Campos Fernandes, à margem das XXI Jornadas de Infecciologia que decorrem em Lisboa.

O ministro falava a propósito dos novos preços a que a ADSE pretende pagar os serviços prestados pelos prestadores convencionados, a qual os privados já consideraram “incomportável”.

Em entrevista à Lusa, o presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), Óscar Gaspar, revelou que estas unidades de saúde estão a estudar uma forma de os beneficiários da ADSE continuarem a ter acesso aos serviços, nas mesmas condições, mas sem ser através do subsistema de saúde dos funcionários públicos.

“Pode haver soluções que permitam, ainda que não no regime convencionado, que os mesmos beneficiários tenham acesso à rede”, declarou, acrescentando: “Estamos a procurar soluções que permitam que os beneficiários da ADSE continuem a poder ter acesso, nas mesmas condições, aos nossos hospitais”.

Confrontado com esta ideia, o ministro disse não encontrar razões para comentar. “Francamente, parece-me que se trata de táctica negocial. Só poderemos avaliar o que acontece no final de Fevereiro e ver o que está em cima da mesa em termos de negociação”, disse. “Alguns agentes, incompreensivelmente, procuram fazer a negociação pelos jornais. Não é correcto, não faz sentido, mas é um direito que lhes assiste”, adiantou.