INSA lança estudo sobre infecções sexualmente transmissíveis nos jovens

Dados de prevalência nacionais das quatro infecções mais comuns "são actualmente quase inexistentes", refere Instituto Nacional Ricardo Jorge.

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Miguel Manso

O Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) vai avançar com um estudo para avaliar a prevalência de infecções sexualmente transmissíveis nos jovens entre os 18 e os 24 anos, em especial as provocadas por quatro bactérias: Chlamydia trachomatis, (clamídia genital), Neisseria gonorrhoeae (gonorreia), Mycoplasma genitalium e pelo parasita Trichomonas vaginalis (tricomoníase). Segundo o instituto, os dados de prevalência em Portugal destas quatro infecções “são, actualmente, quase inexistentes”.

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O Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) vai avançar com um estudo para avaliar a prevalência de infecções sexualmente transmissíveis nos jovens entre os 18 e os 24 anos, em especial as provocadas por quatro bactérias: Chlamydia trachomatis, (clamídia genital), Neisseria gonorrhoeae (gonorreia), Mycoplasma genitalium e pelo parasita Trichomonas vaginalis (tricomoníase). Segundo o instituto, os dados de prevalência em Portugal destas quatro infecções “são, actualmente, quase inexistentes”.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, refere o INSA em comunicado, estas quatro infecções sexualmente transmissíveis “causam mais de 350 milhões de novas infecções por ano, no mundo, sendo as mais frequentes nos jovens sexualmente activos”. Doenças que são curáveis com um antibiótico.

O estudo é coordenado pelo Laboratório Nacional de Referência das Infeções Sexualmente Transmissíveis, do INSA, com o apoio do Centro de Medicina Laboratorial Germano de Sousa, bioMérieux e Genomica.

A investigadora e coordenadora do laboratório, Maria José Borrego, salienta, no mesmo comunicado, que as infecções sexualmente transmissíveis “não apresenta sintomas, o que faz com que os jovens portadores, além de não procurarem o diagnóstico, por desconhecimento, transmitam a infecção aos seus parceiros”. Não tratadas estas doenças, refere a especialista, podem levar à infertilidade ou potenciar a infecção por VIH.

O rastreio pode ser realizado de forma gratuita, voluntária e anónima e o INSA faz um apelo aos jovens para participarem. O objectivo, tendo em conta os resultados que serão apurados, é traçar políticas de prevenção.