Revista Science elege colisão de estrelas de neutrões como descoberta científica de 2017

Além de luz, choque entre estas estrelas produziu ondas gravitacionais.

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Representação da colisão de duas estrelas de neutrões Robin Dienel/Cortesia da Instituição Carnegie para a Ciência

A primeira observação da colisão de duas estrelas de neutrões foi eleita pela revista Science como a descoberta científica de 2017, na edição desta semana. A colisão das duas estrelas de neutrões, a 130 milhões de anos-luz de distância de nós, gerou ondas gravitacionais (ondulações no tecido espaço-tempo do Universo) e também emissão de luz, tudo detectado na Terra.

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A primeira observação da colisão de duas estrelas de neutrões foi eleita pela revista Science como a descoberta científica de 2017, na edição desta semana. A colisão das duas estrelas de neutrões, a 130 milhões de anos-luz de distância de nós, gerou ondas gravitacionais (ondulações no tecido espaço-tempo do Universo) e também emissão de luz, tudo detectado na Terra.

As ondas gravitacionais, previstas há mais de cem anos pelo físico Albert Einstein, foram detectadas pela primeira vez em 2015, quando dois grandes buracos negros (de onde nada pode escapar, nem mesmo a luz) chocaram. A detecção das ondas, no observatório LIGO, nos Estados Unidos, foi distinguida em 2017 com o Prémio Nobel da Física, atribuído aos cientistas Rainer Weiss, Barry Barish e Kip Thorne.

Em Agosto último, detectores de raios gama e radiotelescópios registaram a colisão das duas estrelas de neutrões, extremamente densas. Segundo um dos colaboradores da revista Science, Adrian Cho, o fenómeno, observado em todos os comprimentos de onda de luz, “foi o acontecimento mais estudado na história da astronomia”, tendo num só artigo científico, entre os vários publicados na altura do anúncio desta descoberta, 3674 investigadores de 953 instituições entre os seus autores.