Ralph Rugoff vai ser o director artístico da Bienal de Veneza de 2019

Nascido em Nova Iorque, o curador dirige actualmente a galeria Hayward em Londres.

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Ralph Rugoff DR

O curador norte-americano Ralph Rugoff, actual responsável pela prestigiada Hayward Gallery em Londres,  foi anunciado no final da semana passada como o director artístico da Bienal de Arte de Veneza de 2019.

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O curador norte-americano Ralph Rugoff, actual responsável pela prestigiada Hayward Gallery em Londres,  foi anunciado no final da semana passada como o director artístico da Bienal de Arte de Veneza de 2019.

Em comunicado, o presidente da bienal italiana, Paolo Baratta, justificou a escolha de Rugoff como forma de concretizar “o principal objectivo da bienal, que é valorizar a mostra como um lugar de encontro entre os visitantes, a arte e os artistas”. A bienal quer “envolver os visitantes directamente com as obras de arte de modo a que a memória, o inesperado, a eventual provocação, a novidade e o diferente possam estimular as suas visões, as suas mentes e emoções, e oferecer-lhes a oportunidade de viverem uma experiência viva”.

A direcção da bienal italiana viu na carreira de Rugoff a pessoa certa para atingir esses fins. Não apenas pelo trabalho que, desde 2006, vem desenvolvendo na galeria londrina da zona Southbank – que presentemente se encontra encerrada para obras de restauro e remodelação –, mas também pela marca deixada em cargos como a direcção da 13.ª Bienal de Arte de Lyon, França, em 2015, e que teve como tema A vida moderna, ou a responsabilidade pelo CCA Wattis Institute no California College of the Arts, em São Francisco, EUA (2000-06).

Reagindo ao convite, também em comunicado, Ralph Rugoff disse-se “absolutamente entusiasmado". "A Bienal de Veneza é a exposição mais antiga e a mais prestigiada na cena artística internacional, e eu estou muito empenhado neste desafio", acrescentou o curador, explicando que em simultâneo com a preparação da mostra italiana irá manter-se à frente da Hayward Gallery, que irá reabrir a 25 de Janeiro com uma exposição de Andreas Gursky.

Na galeria londrina, ao longo de uma década de trabalho, Rugoff apresentou exposições marcantes na cena artística britânica e internacional, como The Painting of Modern Life (2007), Psycho Buildings (2008) – que apresentou instalações interactivas e imersivas de artistas como Mike Nelson, Gelitin and Do-ho Suh – e The Infinite Mix (2016). Pela Hayward passaram também mostras inividuais e retrospectivas de Ed Ruschka, Jeremy Deller, Carsten Holler, Tracey Emin e George Condo.

Na próxima Bienal de Arte de Veneza Rugoff vai suceder a Christine Macel, curadora-chefe do Centro Pompidou, em Paris, e que na cidade italiana comissariou este ano a exposição central internacional, Viva Arte Viva, que fechou no dia 26 de Novembro. Nesta 57.ª edição da mostra, Portugal esteve representado por José Pedro Croft, que expôs num jardim da ilha da Giudecca a escultura múltipla Medida Incerta, que desde o último fim-de-semana se encontra instalada na Casa da Arquitectura em Matosinhos, adquirida pela autarquia para animar o espaço público da nova instituição recém-inaugurada no bairro da antiga fábrica Real Vinícola.