São rosas, senhor, e vendem-se geladas na maior Amorino do mundo

A nova loja da marca italiana abriu na Rua das Carmelitas, no Porto, em Novembro passado. Não há nenhuma Amorino igual a esta, garantem os gerentes.

Fotogaleria

Ao longe, até parece que há uma multidão a passear-se com rosas coloridas nas mãos. Terão sido colhidas naquela pequena loja de Rua de Santa Catarina, no Porto, onde se observa um entra-e-sai contínuo. “As filas, por vezes, são assustadoras”, diz-se. Fala-se da Amorino – e dos gelados em forma de flor –, mas não da loja dessa rua, inaugurada há um ano; agora, também há Amorino na Rua das Carmelitas, ao pé da Livraria Lello. Abriu em Novembro último e é a maior loja da marca do mundo, com 150 metros quadrados que albergam, “aproximadamente, 50 lugares sentados”, diz-nos Pedro Pinto, um dos dois detentores do franchising da marca no Porto – a outra metade é Ana Moreira, a sua esposa.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Ao longe, até parece que há uma multidão a passear-se com rosas coloridas nas mãos. Terão sido colhidas naquela pequena loja de Rua de Santa Catarina, no Porto, onde se observa um entra-e-sai contínuo. “As filas, por vezes, são assustadoras”, diz-se. Fala-se da Amorino – e dos gelados em forma de flor –, mas não da loja dessa rua, inaugurada há um ano; agora, também há Amorino na Rua das Carmelitas, ao pé da Livraria Lello. Abriu em Novembro último e é a maior loja da marca do mundo, com 150 metros quadrados que albergam, “aproximadamente, 50 lugares sentados”, diz-nos Pedro Pinto, um dos dois detentores do franchising da marca no Porto – a outra metade é Ana Moreira, a sua esposa.

As filas, quando o tempo aquecer, podem voltar a formar-se, mas agora há muitos mais lugares para a degustação dos gelados artesanais da marca italiana (e dos restantes produtos, que são muitos, mas já lá vamos). Para além disso, “não há uma Amorino igual a esta”, garante Pedro. A decoração, em tons beges a condizer com todas as mesas de madeira, faz-se de “elementos mediterrânicos”, como as janelas, ao fundo, que deixam ver um “pequeno jardim vertical”, ou então o grande vitral luminoso, a meio da loja. Para além disso, há uma mesa comunitária bem em frente ao balcão, iluminado por grandes candeeiros que, sendo de cristal ou não, roubam igualmente a vista. Preencher a Amorino da Rua das Carmelitas com todas estas peculiaridades não foi um processo fácil, porque a loja é a primeira a “fugir” à decoração habitual dos restantes estabelecimentos da marca.

A componente visual é bonita, sim, mas entra-se na Amorino pela gula. Satisfazê-la não é difícil, e há vida para além dos gelados – mas falemos destes, por enquanto. Ocupam metade do balcão e escondem-se atrás de um vidro embaciado. João Pedro, o responsável por esta loja, indica que existem 28 gelados diferentes para provar, sendo que 11 são sorvetes, “que se destacam pela composição”: o de morango, por exemplo, tem 40% de água e o resto é, puramente, fruta – aliás, “todos os ingredientes são naturais”, acrescenta. Há ainda os sorvetes de cereja italiana Amarena, de manga da Índia ou de lima e manjericão, todos sem ingredientes de origem animal – até os sorvetes de chocolate. Os cones que sustentam as pétalas geladas são, também, vegan, e há um tamanho (o médio) sem glúten. Quanto aos copos, há um tamanho para crianças e, claro, suportes maiores para os corajosos que quiserem provar os 28 sabores. “Já houve quem o fizesse, mas não acredito que a mistura fosse muito saborosa”, comenta João Pedro.

Pedro Pinto conta que descobriu a marca “nas muitas vezes que visitou Verona”, e até descobrir uma outra igual, em Paris, não tinha fixado o nome da Amorino. Anos depois, vê-se à frente de um projecto que a trouxe para o Porto e que se faz de gente “com boa disposição, de formações diversas e que tenha uma boa experiência a trabalhar na Amorino”. São jovens, as caras que moldam os gelados e que tiram as bebidas mais quentes. São também eles que apresentam um dos mais novos produtos da marca, o afogado – gelado com chocolate quente. Para acompanhar há, por exemplo, os palitos de waffle, pedidos muitas vezes pelos “grupos de turistas que ocupam a mesa comunitária”.

Ainda que a loja tenha inaugurado há pouco mais de um mês, o balanço é positivo. “Se tivéssemos aberto no Verão, o lucro seria muito maior, mas, e até agora, temos recebido muitos clientes”, explica o gerente. Certo é que a localização ajuda, e, havendo a Lello e os Clérigos bem perto, há sempre quem aproveite para repor energias depois de subir e descer aquelas escadas – tanto de um como de outro edifício. Existe, aliás, uma parceria entre a histórica livraria e a Amorino, ainda a ser desenvolvida. Pedro Pinto aponta que, na loja da Rua das Carmelitas, a percentagem de turistas a entrar no estabelecimento ronda os 70%. Como há uma variedade de monumentos e pontos de interesse para visitar naquela área, pode-se comprar qualquer produto para deambular pelas ruas da cidade.

Os macarons gelados, segundo o responsável por aquela loja, “aguentam 40 minutos sem perderem qualidade”, mas também se vendem saquetas de chocolate quente para ter a experiência em casa, no conforto do sofá. Há muito mais para se descobrir na maior Amorino do mundo, que continua a história da marca italiana fundada em 2002 por Cristiano Sereni e Paolo Benassi. Para além das duas lojas no Porto, a Amorino pode encontrar-se ainda em Lisboa (Rua Garrett e Rua Augusta) e na Marina de Vilamoura.

Texto editado por Sandra Silva Costa