Tarantino, agora na Sony, vai festejar como se fosse 1969

O realizador de Pulp Fiction, que abandonou a Weinstein Company após a queda de Harvey Weinstein, estava à procura de uma casa para o seu próximo filme, para já intitulado #9, passado na Los Angeles de 1969, a LA de Charles Manson. Já a encontrou.

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Tarantino vai para a Sony Reuters/ERIC GAILLARD

Com a Weinstein Company em maus lençóis após a queda de Harvey Weinstein por causa da denúncia de vários casos de abusos sexuais e violação, Quentin Tarantino precisava de encontrar uma nova casa para o seu próximo filme. É que o sucesso de Tarantino ajudou a transformar a Miramax, o primeiro estúdio de Harvey e do irmão Bob, num sucesso internacional, e continuou a trabalhar com eles após terem vendido a Miramax e fundador a Weinstein Company. 

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Com a Weinstein Company em maus lençóis após a queda de Harvey Weinstein por causa da denúncia de vários casos de abusos sexuais e violação, Quentin Tarantino precisava de encontrar uma nova casa para o seu próximo filme. É que o sucesso de Tarantino ajudou a transformar a Miramax, o primeiro estúdio de Harvey e do irmão Bob, num sucesso internacional, e continuou a trabalhar com eles após terem vendido a Miramax e fundador a Weinstein Company. 

O filme é por enquanto conhecido como #9, referência ao facto de ser a nona e, em princípio, penúltima longa-metragem de Tarantino – para chegar a estas contas, o realizador não contará nem as curtas nem as colaborações com outros realizadores, e terá de contar os dois volumes de Kill Bill como um só filme. Já tinha sido anunciado em Julho como um projecto focado nos crimes da família Manson. Ainda esta semana, o realizador disse que o foco "não é Charles Manson, é 1969".

Ainda esta semana, tinham saído notícias sobre os estúdios que o estavam a cortejar, com três estúdios à frente dos outros: a Sony, a Warner Bros. – que, para seduzir Quentin, colocou na entrada do estúdio um logótipo igual àquele que tinha em 1969 e mandou estacionar vários carros da época durante a reunião, que ocorreu numa sala de conferências com mobília e cartazes da época – e a Paramount. Esta sexta-feira soube-se, segundo o site Deadline, que foi a Sony que ganhou.

Tal como Pulp Fiction, o filme desenrola-se em Los Angeles e inclui um vasto elenco, sendo que a australiana Margot Robbie terá sido convidada para fazer de Sharon Tate, a esposa de Roman Polanski morta em 1969 pela família Manson, um culto iniciado por Charles Manson, que está hoje a cumprir uma pena de prisão perpétua e alguém que dizia que Helter Skelter, dos Beatles, o tinha inspirado a começar uma guerra racial. Isto além de ser ele próprio um escritor de canções. Tarantino terá também falado com Leonardo Di Caprio, Brad Pitt e Tom Cruise  para participarem no sucessor de Os Oito Odiados. Outro dos nomes mencionados é o de Jennifer Lawrence, mas ainda não há confirmações.

A ideia, diz o Deadline, é a rodagem do filme começar em meados de 2018 e ser lançado em 2019.