À espera de J.D. Salinger

Biopic esforçado e modesto do autor de um dos livros mais célebres do século XX, À Espera no Centeio.

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Debaixo do mais genérico título português em muito tempo (A Vida de um Génio... por amor de Deus) esconde-se um biopic esforçado e modesto do escritor americano J.D. Salinger, autor de um dos livros mais célebres do século XX, À Espera no Centeio (a que o título original alude duma forma que não seria difícil restituir em português). Biopic de juventude, forçosamente, e concluindo-se no momento em que Salinger se torna “reclusivo” depois de decidir não voltar a publicar mais nada, A Vida de um Génio, como muitos biopics, vive na obsessão de cruzar vida e obra, e unir os pontinhos que levam de uma coisa à outra — e portanto o filme está sempre, sem especial subtileza didáctica, a relacionar os escritos de Salinger com contextos e episódios da sua biografia: a família abastada e cinzenta, a paixão falhada por Oona O’Neill (filha de Eugene e depois, para desgosto de J.D., a última sra.Chaplin), e sobretudo a experiência do escritor na II Guerra, entre o dia D e a descoberta dos campos de extermínio.

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Debaixo do mais genérico título português em muito tempo (A Vida de um Génio... por amor de Deus) esconde-se um biopic esforçado e modesto do escritor americano J.D. Salinger, autor de um dos livros mais célebres do século XX, À Espera no Centeio (a que o título original alude duma forma que não seria difícil restituir em português). Biopic de juventude, forçosamente, e concluindo-se no momento em que Salinger se torna “reclusivo” depois de decidir não voltar a publicar mais nada, A Vida de um Génio, como muitos biopics, vive na obsessão de cruzar vida e obra, e unir os pontinhos que levam de uma coisa à outra — e portanto o filme está sempre, sem especial subtileza didáctica, a relacionar os escritos de Salinger com contextos e episódios da sua biografia: a família abastada e cinzenta, a paixão falhada por Oona O’Neill (filha de Eugene e depois, para desgosto de J.D., a última sra.Chaplin), e sobretudo a experiência do escritor na II Guerra, entre o dia D e a descoberta dos campos de extermínio.

Sem nenhuma sofisticação ou verdadeiro interesse na abordagem da literatura — digamos que não é um filme sobre o “texto” de Salinger — é um filme corrido e movimentado, abundante em peripécias, interpretado com algum carisma (podemos acreditar ou não que Nicholas Hoult “é” Salinger, mas a obstinação dele é interessante), que se vê sem enfado de maior. Para mais, tratando com um mínimo de seriedade matéria histórica e cultural, algo que nos últimos anos praticamente desapareceu do mainstream hollywoodiano.

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