Uma semana com Jonas Mekas em Serralves

Uma "síntese fundamental" da vasta produção daquele que é o mais influente cineasta da vanguarda norte-americana.

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Mekas fez da prática do “diário” e da auto-biografia cinematográfica uma forma de arte de corpo inteiro

Chama-se Cinema na Linha de Fogo e é, nas palavras do seu curador, António Preto, “uma síntese fundamental da vastíssima produção daquele que é o mais importante e influente cineasta da vanguarda norte-americana”. Já a partir de segunda-feira, 13, e até domingo, 19 de Novembro, então, Serralves recebe dez filmes dez do lituano Jonas Mekas (n. 1922), que, depois de uma década de errância primeiro em fuga aos nazis e depois em campos de refugiados, chegou aos EUA em 1949 e aí teve um papel central e singular na evolução do cinema independente pós-Segunda Guerra Mundial. 

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Chama-se Cinema na Linha de Fogo e é, nas palavras do seu curador, António Preto, “uma síntese fundamental da vastíssima produção daquele que é o mais importante e influente cineasta da vanguarda norte-americana”. Já a partir de segunda-feira, 13, e até domingo, 19 de Novembro, então, Serralves recebe dez filmes dez do lituano Jonas Mekas (n. 1922), que, depois de uma década de errância primeiro em fuga aos nazis e depois em campos de refugiados, chegou aos EUA em 1949 e aí teve um papel central e singular na evolução do cinema independente pós-Segunda Guerra Mundial. 

Co-fundador dos lendários Anthology Film Archives nova-iorquinos, homem da Renascença multi-facetado que também escreveu poesia ou crítica, Mekas, hoje com 94 anos, prefere abrir o modo de olhar para o seu cinema, chamando-lhe “poético” em vez de “vanguardista” ou “experimental”; uma definição que é em grande parte sublinhada pelo modo como Mekas fez da prática do “diário” e da auto-biografia cinematográfica uma forma de arte de corpo inteiro. A pequena retrospectiva que Serralves dedica a Mekas prossegue em ordem relativamente cronológica e apresenta os filmes mais seminais do trabalho de Mekas, em cópias projectadas no formato original e no melhor estado possível. Abre dia 13 às 21h30 com Guns of the Trees (1961), efectivamente o seu primeiro filme de longa-metragem, seguindo-se a 14 The Brig (1964) e Notes on the Circus (1966), a 15 Reminiscences of a Journey to Lithuania (1972), a 16 a obra-prima Walden (Diaries, Notes and Sketches) (1969), a 17 Lost, Lost, Lost (1976), a 18 As I Was Moving Ahead Occasionally I Saw Brief Glimpses of Beauty (2000) e He Stands in the Desert Counting the Seconds of His Life (1985) e a 19 Sleepless Night Stories (2011) e o seu último filme, Out-Takes from the Life of a Happy Man (2012). As sessões são sempre às 21h30, excepto dia 18 (sábado, 15h e 21h30) e 19 (domingo, 17h e 21h30), e os bilhetes custam € 3,00 para as sessões individuais ou € 20,00 para o ciclo completo. Mais detalhes em www.serralves.pt/pt/museu/cinema/ .