Protesto contra os incêndios em Lisboa começa com confrontos entre manifestantes

Centenas de cidadãos juntaram-se na tarde deste sábado contra os incêndios e as políticas florestais, mas também em homenagem às vítimas dos fogos.

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Era para ser um protesto silencioso, mas a manifestação contra os incêndios em Lisboa começou com um episódio de confronto entre grupos de manifestantes. Pouco passava das 16h quando um grupo de jovens chegou ao Terreiro do Paço e abriu uma faixa onde se lia "Governos PS, PSD e CDS: Culpados". Segundos depois, a cena está cercada por manifestantes que pediam que fosse retirada a faixa. Seguiram-se empurrões e murros e a confusão instalou-se envolvendo pouco mais de uma dezena de pessoas.

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Era para ser um protesto silencioso, mas a manifestação contra os incêndios em Lisboa começou com um episódio de confronto entre grupos de manifestantes. Pouco passava das 16h quando um grupo de jovens chegou ao Terreiro do Paço e abriu uma faixa onde se lia "Governos PS, PSD e CDS: Culpados". Segundos depois, a cena está cercada por manifestantes que pediam que fosse retirada a faixa. Seguiram-se empurrões e murros e a confusão instalou-se envolvendo pouco mais de uma dezena de pessoas.

Os confrontos aconteceram em frente ao local onde estava o PÚBLICO, que pôde ouvir a primeira contestação à faixa: um manifestante gritou "Não morreu ninguém nos governos do PSD e CDS". A este seguiram-lhe outras vozes de contestação pela "politização da manifestação". Pedem que vão embora. "Vieram provocar", ouve-se. E cerca de uma dezena de manifestantes subiam de tom: "Fascistas de esquerda", "comunas de merda".

No meio da confusão, Pedro Fortunato, um dos jovens que segurava a faixa, garante que foi agredido quando "tentava tirar um colega que estava a levar socos". Os jovens fazem parte do Movimento Alternativa Socialista (MAS), mas afirmam que não vieram ao protesto por causa dessa filiação, senão para "exigir responsabilidades aos governos dos últimos 40 anos". O cartaz não estava assinado.

Vieram culpar "governos socialistas e social-democratas" pela "monocultura que invade e mata o país", explica Gil Garcia, também membro do MAS. Para este manifestante, ficou "comprovado" pelo episódio "que existe um movimento de extrema-direita a querer tirar vantagem dos incêndios".

O PÚBLICO não conseguiu falar com manifestantes que estiveram do outro lado da contestação.

Agentes da PSP no local intervieram e separaram os dois grupos. Depois deste episódio, a manifestação contra os incêndios de homenagem às vítimas dos fogos prosseguiu silenciosa, sem incidentes.