Ministro garante que 90% dos pensionistas não perdem poder de compra em 2018
Quanto à possibilidade de haver um aumento extra de pensões, Vieira da Silva diz que “não há nenhuma posição fechada”.
O ministro do Trabalho e da Segurança Social, Vieira da Silva, garantiu nesta quinta-feira que as pensões vão ser novamente actualizadas no próximo ano, revelando que perto de 90% dos pensionistas não vão ver o seu poder de compra reduzir-se. Já a possibilidade de, à semelhança do que aconteceu este ano, haver um aumento extraordinário das pensões é um assunto em aberto e em relação ao qual “não há nenhuma posição fechada".
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O ministro do Trabalho e da Segurança Social, Vieira da Silva, garantiu nesta quinta-feira que as pensões vão ser novamente actualizadas no próximo ano, revelando que perto de 90% dos pensionistas não vão ver o seu poder de compra reduzir-se. Já a possibilidade de, à semelhança do que aconteceu este ano, haver um aumento extraordinário das pensões é um assunto em aberto e em relação ao qual “não há nenhuma posição fechada".
Vieira da Silva falava à margem da conferência internacional das Nações Unidas sobre o envelhecimento, que decorre até sexta-feira em Lisboa.
Questionado sobre se, no Orçamento do Estado para 2018, os pensionistas podem contar com um aumento extraordinário das pensões, como aconteceu este ano, o ministro afirmou que "não há nenhuma posição fechada".
“Este ano haverá novamente, pelo terceiro ano consecutivo, a aplicação da fórmula de actualização das pensões, que faz com que mais de 80%, aliás, perto de 90% dos pensionistas tenham pelo menos garantido que não têm perda de poder de compra e isso é toda uma diferença”, afirmou.
“Essa actualização que assegura que as pensões não se degradam para a grande maioria dos pensionistas está garantida, porque a lei voltou a ser reposta”, acrescentou o ministro.
Para o ministro, a "melhor forma" de evitar a longo prazo a existência de baixas pensões é assegurar "o crescimento de emprego e melhores salários".
"É essa a tendência que temos vindo a viver nos últimos anos", particularmente nos últimos dois, disse, recordando que há três anos discutia-se em Portugal "quanto é que seriam os cortes nas pensões", agora está-se "a discutir quanto serão os aumentos".
Este ano, cerca de dois milhões de reformados com rendimentos de pensões até 631,98 euros mensais (o valor corresponde a 1,5 vezes o Indexante de Apoios Sociais) tiveram um aumento extraordinário que se iniciou em Agosto.
O aumento poderá ir até dez euros para as pessoas que viram as pensões congeladas até 2015, ou até seis euros no caso das pessoas que tiveram actualização nos anos anteriores. A ideia é que à actualização que foi feita em Janeiro pela aplicação da fórmula se some um aumento extra que, no total, será de mais seis ou dez euros face a Dezembro de 2016.
Aludindo às questões levantadas na conferência organizada pela Comissão Económica da Região Europa das Nações Unidas (UNECE), sob o tema “uma sociedade sustentável para todas as idades”, Vieira da Silva destacou o direito ao trabalho para os menos jovens,
"Uma das questões decisivas para garantir um envelhecimento mais feliz e mais sustentável para a sociedade é garantir o direito ao trabalho aos trabalhadores mais idosos", sublinhou.
Segundo Vieira da Silva, esta questão também está em cima da agenda nacional: "Temos que trabalhar todos para encontrar novas formas de dar uma resposta positiva ao direito que as pessoas têm de continuar a trabalhar e não serem discriminadas em função da idade".