Pensão de Ricardo Salgado limitada a 11.500 euros

Fundo de pensões do Novo Banco avançou para tribunal para cortar a pensão de Ricardo Salgado e de outros ex-gestores do BES.

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Ricardo Salgado já terá tido um corte significativo da sua pensão Rui Gaudêncio

A pensão de Ricardo Salgado e de outros antigos administradores do BES não pode ser superior a 11.500 euros brutos por mês. O entendimento, noticia o Negócios, é do fundo de pensões do Novo Banco e implica um corte significativo face aos 90 mil euros brutos que o banqueiro recebia actualmente. A interpretação, contudo, ainda tem de ser confirmada pelos tribunais.

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A pensão de Ricardo Salgado e de outros antigos administradores do BES não pode ser superior a 11.500 euros brutos por mês. O entendimento, noticia o Negócios, é do fundo de pensões do Novo Banco e implica um corte significativo face aos 90 mil euros brutos que o banqueiro recebia actualmente. A interpretação, contudo, ainda tem de ser confirmada pelos tribunais.

O fundo de pensões, explica o diário de economia, entrou com um processo no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa para cortar as pensões dos antigos administradores do Banco Espírito Santo (BES), impondo-lhe como limite o salário mais alto pago aos administradores.

O tecto de 11.500 euros deve ser aplicado aos ex-gestores do BES cujas pensões permanecem responsabilidade do banco “mau”, tal como decidiu o Banco de Portugal no quadro da resolução da instituição financeira.

Além de Ricardo Salgado, a lista inclui mais nove nomes entre os quais o de José Maria Ricciardi.

De acordo com Negócios, e embora o tribunal ainda não tenha decidido, as pensões dos antigos administradores já reformados, como é o caso de Ricardo Salgado, já terão sido cortadas.

Esta não é a primeira vez que isso acontece. Em Setembro de 2014, após a resolução do BES, a administração do Novo Banco, que na altura era liderada por Vítor Bento, cortou a pensão do antigo administrador para 29 mil euros. Mas a decisão acabou por ser contestada pela Autoridade de Supervisão dos Seguros e Fundos de Pensões, voltando aos 90 mil euros iniciais.