Passos e Costa: perto em Viseu, longe na discussão sobre a saída do "lixo"

Passos Coelho e António Costa estiveram perto um do outro em Viseu mas bem distantes na responsabilidade de quem tirou a dívida portuguesa da classificação de “lixo”.

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LUSA/MANUEL ARAUJO

Enquanto António Costa afirmou que o caminho seguido pelo Governo para a subida da classificação da dívida portuguesa foi o que atingiu resultados; Passos Coelho anunciou, à mesma hora e a poucos quilómetros de distância, que quem “não falhou” foi o Governo antes por ele liderado. Secretário-geral do PS e presidente do PSD estiveram os dois em comício na noite deste sábado em Viseu depois de terem passado o dia a reclamar o mérito por a agência financeira Standard & Poor's ter subido o ‘rating' da dívida portuguesa.

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Enquanto António Costa afirmou que o caminho seguido pelo Governo para a subida da classificação da dívida portuguesa foi o que atingiu resultados; Passos Coelho anunciou, à mesma hora e a poucos quilómetros de distância, que quem “não falhou” foi o Governo antes por ele liderado. Secretário-geral do PS e presidente do PSD estiveram os dois em comício na noite deste sábado em Viseu depois de terem passado o dia a reclamar o mérito por a agência financeira Standard & Poor's ter subido o ‘rating' da dívida portuguesa.

Separados por poucos quilómetros, Passos Coelho, perante uma sala cheia, terminou o dia a acusar António Costa de "sectarismo e mesquinhez" por "nada" dizer sobre o papel do anterior Governo na subida do ‘rating'. Já no Rossio, no centro de Viseu, o secretário-geral do PS sustentou que foi o “caminho diferente” que levou a “resultados diferentes”.

“Foi graças a ter-mos devolvido às famílias portuguesas a tranquilidade do seu dia-a-dia, o deixarem de viver angustiadas sem saber se iam ter um novo aumento de impostos ou um novo corte nos rendimentos que devolveu a esperança e a confiança à sociedade portuguesa”, disse.

No seu discurso, lembrou que antes, o que se dizia, é que para controlar as finanças públicas era “necessário encerrar serviços, desinvestir na educação e na saúde e cortar nos salários e nas pensões”.

“O que nós fizemos foi precisamente o contrário. Repusemos os vencimentos que tinham sido cortados e que as pessoas tinham direito a receber, aumentámos as prestações sociais, devolvemos aos pensionistas as pensões a que tinham direito e não fizemos o corte de mais 600 milhões de euros que a direita se preparava para fazer se hoje estivesse no governo”, sustentou.

António Costa passou o dia de sábado nos distrito de Guarda, Bragança e terminou em Viseu na apresentação da candidata (Lúcia Araújo Silva) à autarquia local. Passos Coelho também esteve durante o dia no distrito de Viseu, jantou à noite com militantes do PSD e terminou a visita com uma passagem na Feira de S. Mateus.