As datas-chave do programa nuclear da Coreia do Norte

O caminho feito pelo regime norte-coreano até ao sexto ensaio nuclear.

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Manifestação em Seul contra o nuclear da Coreia do Norte Kim Hong-Ji/REUTERS

1956: A União Soviética começa a formar cientistas e engenheiros norte-coreanos, para que possam iniciar um programa nuclear

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1956: A União Soviética começa a formar cientistas e engenheiros norte-coreanos, para que possam iniciar um programa nuclear

1962: Abertura do Centro de Investigação Nuclear de Yongbyon

1965: Abertura do primeiro reactor nuclear em Yongbyon

Finais da década de 1970: A Coreia do Norte começa a trabalhar numa versão do míssil soviético Scud B, com capacidade de alcance de 300 km. Testado em 1984.

1987-1992: Pyongyang começa a desenvolver variantes dos mísseis Scud C (500 km de alcance), do Rodong-1 (1300 km), do Taepodong-1 (2.500 km), do Musudan-1 (3000 km) e do Taepodong-2 (6.700 km).

1989: Com o fim da União Soviética, a Coreia do Norte perde as garantias de segurança e apoio económico que a tinham sustentantado durante 45 anos. Através de vigilância por satélite, os EUA suspeitam que a Coreia do Norte, apesar de ter assinado o Tratado de Não Proliferação Nuclear em 1985, estar a começar a construir uma bomba nuclear.

1992: Em Maio, pela primeira vez, a Coreia do Norte permite que uma equipa da Agência Internacional de Energia Atómica inspeccione as suas instalações nucleares, e descobre várias inconsistências com o que o país tinha declarado. Hans Blix, o dirctor da agência, e os EUA, desconfiam de que a Coreia do Norte está a usar secretamente o seu reactor de 5 megawatts em Yongbyon para transformar combustível nuclear em plutónio que pode ser usado em armas atómicas. Pyonyang bloqueia quaisquer futuras inspecções.

1994: Os EUA e a Coreia do Norte assinam o Programa Quadro em que Pyongyang se comprometia a parar o seu progrma a de produção de plutónio em troca de fuel-óleo, cooperação económica e a construção de duas centrais nucleares modernas com reactores. As velhas centrais norte-coreanas deveriam ser desmanteladas, e o combustível gasto seria enviado para fora do país.

Agosto de 1998: Ensaio de lançamento do Taepodong-1 sobre o Japão. Pyongyang afirmou querer colocar um satélite em órbita, os Estados Unidos declararam ser um míssil.

Setembro de 1999: A Coreia do Norte declara uma moratória para os testes de mísseis de longo alcance, com a melhoria das relações com os Estados Unidos como pano de fundo.

29 de Janheiro de 2002: No discurso do estado da União, o Pesidente George W. Bush inclui a Coreia no Norte nos países do "Eixo do Mal", dando início a um ano de confrontos diplomáticos com Pyongyang, que levará ao fim deste acordo em 2003.

10 de Janeiro de 2003: A Coreia do Norte anuncia a sua saída do Tratado de Não Proliferação Nuclear.

5 de Julho de 2006: Pyongyang faz sete ensaios de mísseis, incluindo um de um Taepodong-2, de longo alcance, que viria a explodir 40 segundos depois.

9 de Outubro de 2006: Pyongyang faz o primeiro teste nuclear subterrâneo.

14 de Outubro de 2006: O Conselho de Segurança da ONU aprova a Resolução 1718, que pede o fim dos testes de mísseis e nucleares e cessa a oferta de peças relacionados com o programa e outras armas.

5 de Abril de 2009: A Coreia do Norte lança um míssil de longo alcance que sobrevoa o Japão e cai no Pacífico, no que diz ser uma tentativa para pôr um satélite em órbita. Os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Sul consideram que foi um ensaio encoberto de um ‘Taepodong-2’.

13 de Abril de 2009: O Conselho de Segurança da ONU condena por unanimidade o lançamento e concorda em agravar a imposição de sanções. A Coreia do Norte abandona as negociações para o desarmamento e anuncia que vai recomeçar o programa de plutónio.

25 de Maio de 2009: Pyongyang faz o segundo teste nuclear subterrâneo, muito mais potente que o primeiro.

12 de Junho de 2009: O Conselho de Segurança aprova a Resolução 1874, que impõe sanções mais duras aos programas de mísseis atómicos e balísticos da Coreia do Norte.

18 de Fevereiro de 2011: Imagens de satélite mostram que a Coreia do Norte completou uma torre de lançamento no complexo de ensaios de satélites na costa oeste.

15 de Maio de 2011: a Coreia do Norte e o Irão são suspeitos de partilharem tecnologia de mísseis balísticos, segundo um relatório das Nações Unidas.

16 de Março de 2012: A Coreia do Norte anuncia que vai lançar um míssil de longo alcance entre 12 e 16 de Abril para pôr um satélite em órbita.

13 de Abril de 2012: O míssil é lançado a partir da base de Sohae mas desintegra-se poucos minutos depois da descolagem e cai no oceano.

12 de Dezembro de 2012: A Coreia do Norte lança com sucesso um foguetão para oficialmente colocar em órbita um satélite civil de observação terrestre, considerado igualmente um novo teste de um míssil balístico.

12 de Fevereiro de 2013: A Coreia do Norte faz o terceiro teste nuclear subterrâneo.

6 de Janeiro de 2016: A Coreia do Norte realiza o quarto teste nuclear subterrâneo, afirmando ter testado uma bomba de hidrogénio, algo amplamente questionado por especialistas.

7 de Fevereiro de 2016: A Coreia do Norte anuncia que colocou em órbita um satélite para observar a Terra com o lançamento de um segundo foguete para o efeito.

9 de Março de 2016: O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un, afirma que Pyongyang conseguiu miniaturizar uma ogiva termonuclear.

23 de Abril de 2016: Coreia do Norte realiza teste de míssil a partir de um submarino.

8 de Julho de 2016: Washington e Seul anunciam o seu projecto de instalação do sistema antimísseis norte-americano THAAD na Coreia do Sul.

3 de Agosto de 2016: Pela primeira vez, a Coreia do Norte dispara directamente um míssil balístico para a zona económica exclusiva do Japão.

9 de Setembro de 2016: Coreia do Norte realiza quinto ensaio nuclear.

6 de Março de 2017: A Coreia do Norte lança quatro mísseis balísticos para simular, segundo afirmou, um ataque contra bases norte-americanas no Japão.

7 Março de 2017: Os Estados Unidos começam a instalar o THAAD na Coreia do Sul.

14 de Maio de 2017: A Coreia do Norte dispara um míssil que percorre 700 quilómetros antes de cair no mar do Japão. Especialistas acreditam que o projéctil poderia alcançar uma distância de 4500 km, pelo que poderia chegar à ilha de Guam, no Pacífico, território sob administração dos EUA, onde há bases militares norte-americanas.

4 de Julho de 2017: A Coreia do Norte lança um míssil intercontinental com capacidade de alcance estimada em 6700 km, que em teoria poderia alcançar pelo menos o Alasca, segundo especialistas. Pyongyang anuncia o “histórico” teste do ‘Hwasong-14’, apresentado como um míssil balístico intercontinental.

28 de Julho de 2017: A Coreia do Norte lança um míssil intercontinental com uma capacidade de alcance de teoricamente 10.000 quilómetros, o que significa que poderia ameaçar boa parte do continente americano.

5 de Agosto de 2017: O Conselho de Segurança da ONU adota, por unanimidade, uma resolução reforçando fortemente as sanções impostas à Coreia do Norte, com o objetivo de privar Pyongyang de mil milhões de dólares de receitas anuais. A resolução 2371 visa proibir a obtenção de receitas das exportações norte-coreanas, nomeadamente nos sectores do carvão, do ferro e das pescas. Tratou-se do sexto, e do mais duro, pacote de sanções impostas pela ONU à Coreia do Norte desde o primeiro teste nuclear em 2006.

29 de Agosto de 2017: A Coreia do Norte lança um míssil que, pela primeira vez desde 2009, sobrevoa território japonês, antes de cair no Pacífico. 

3 de Setembro de 2017: A Coreia do Norte realiza o sexto ensaio nuclear, alegando ter testado, com sucesso, uma bomba de hidrogénio miniaturizada, que poderia ser instalada num míssil balístico intercontinental (ICBM).

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