Os futuros médicos do Minho voltam para fazer uma “Aldeia Feliz”

O projecto “Aldeia Feliz” está de volta para a 4.ª edição e vai abranger 200 idosos de nove aldeias de Viana do Castelo, nos dias 12 a 15 de Julho.

Foto
O projecto "Aldeia Feliz" foi criado em 2014. ADRIANO MIRANDA

Os estudantes de medicina da Universidade do Minho querem melhorar a qualidade de vida dos idosos nas aldeias portuguesas. A 4.ª edição do projecto “Aldeia feliz” começa esta quarta-feira, dia 12 de Julho, e até dia 15 vai dar apoio médico a cerca de 200 idosos isolados de nove freguesias do concelho de Vila Nova de Cerveira, em Viana do Castelo.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Os estudantes de medicina da Universidade do Minho querem melhorar a qualidade de vida dos idosos nas aldeias portuguesas. A 4.ª edição do projecto “Aldeia feliz” começa esta quarta-feira, dia 12 de Julho, e até dia 15 vai dar apoio médico a cerca de 200 idosos isolados de nove freguesias do concelho de Vila Nova de Cerveira, em Viana do Castelo.

O projecto inclui visitas ao domicílio, onde serão feitos rastreios cardiovasculares, identificação de problemas de saúde e mobilidade e a avaliação das condições de habitabilidade e grau de dependência dos idosos.

Durante quatro dias, os 25 estudantes voluntários do Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Minho (NEMUM) vão avaliar, em período de férias, vários factores de risco que influenciam a qualidade de vida dos idosos das freguesias de Gondar, Candemil, Mentrestido, Sapardos, Covas, Sopo, Gondarém, Nogueira e Cornes.

Além destes rastreios, os futuros médicos vão fazer um trabalho de identificação dos principais problemas e queixas dos idosos, as doenças que já foram diagnosticadas e as suas condições de habitabilidade.

Segundo o comunicado enviado pelo núcleo de estudantes, a desertificação e o envelhecimento nas aldeias portuguesas podem tornar a população mais susceptível aos vários factores de fragilidade social, pondo em causa “a satisfação das suas necessidades mais básicas como a acessibilidade a cuidados de saúde, a higiene pessoal, o contacto com o exterior, a preparação das refeições diárias, entre outros”.

Combater o isolamento da terceira idade e evitar os riscos que dele decorrem é outro dos objectivos: “O envelhecimento populacional português sobeja e, com ele, todos os riscos associados ao isolamento da terceira idade. A existência de comorbilidades [desenvolvimento de mais de uma doença numa mesma pessoa]  também é frequente, o que impede o normal desempenho das actividades diárias por parte dos mais velhos. É neste quadro social que se enquadra o alvo de intervenção deste projecto”, explica Gonçalo Cunha, do NEMUM.

Nas edições anteriores, o projecto “Aldeia Feliz” passou por Arcos de Valdevez, em 2014 e 2016, e Vila Pouca de Aguiar, em 2015. O NEMUM é o órgão de representação de todos os estudantes do mestrado integrado em Medicina, da Escola de Medicina da Universidade do Minho e tem como um dos seus objectivos um papel activo na comunidade, com a implementação de actividades complementares à formação dos estudantes.

Texto editado por Ana Fernandes