Uma Granta para ler, comer e beber

Comer e beber é o tema do número nove da Granta portuguesa, que chega às livrarias no dia 26. Uma edição ilustrada por André Carrilho, novo capista permanente da revista dirigida por Carlos Vaz Marques.

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O ilustrador André Carrilho é o novo capista permanente da Granta portuguesa, cujo nono volume inclui contos de Tatiana Salem Levy, Richard Zimler, David Mitchell, Graham Swift ou Adília Lopes

O número 9 da Granta portuguesa, dedicado ao tema Comer e beber, chega no dia 26 às livrarias, mas a revista começou já a ser enviada aos assinantes. Com capa e ilustrações de André Carrilho, que passará a ser o capista permanente da publicação, sucedendo a Jorge Colombo, esta edição da Granta foi “cozinhada com os melhores ingredientes”, garante o seu director, Carlos Vaz Marques.

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O número 9 da Granta portuguesa, dedicado ao tema Comer e beber, chega no dia 26 às livrarias, mas a revista começou já a ser enviada aos assinantes. Com capa e ilustrações de André Carrilho, que passará a ser o capista permanente da publicação, sucedendo a Jorge Colombo, esta edição da Granta foi “cozinhada com os melhores ingredientes”, garante o seu director, Carlos Vaz Marques.

Azeitona Verde, um conto de Tatiana Salem Levy, escritora brasileira que a Granta internacional seleccionou em 2012 como um dos 20 melhores jovens autores, abre este número da revista, que prossegue com umas saborosas memórias familiares da jornalista do PÚBLICO Alexandra Prado Coelho, divida entre uma avó gorda e outra magra e respectivas pedagogias alimentares, e com a “pior refeição” da vida do romancista Richard Zimler: transformar a descrição de algo aparentemente tão inócuo como um salmão assado num texto de literatura de terror a fugir para o hardcore não está ao alcance de qualquer um.

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Segue-se Última Ceia, um tríptico da escritora e jornalista Ana Margarida de Carvalho, cujo primeiro romance, Que Importa a Fúria do Mar, venceu o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores em 2014. Giles Folden, o jornalista britânico que se revelou na ficção com o romance que serviria de base ao filme O Último Rei da Escócia, de Kevin MacDonald, assina nas páginas seguintes O banquete do Idi, e a poeta, ficcionista e cantora japonesa Mieko Kawakami fala-nos Sobre ela e as memórias que lhe pertencem.

Com o cartoonista Luís Afonso, damos por nós Chez Hippolyte, de onde saímos para entrar na banda desenhada Sleepwalk, com guião de Filipe Melo, arte de Juan Cavia e legendas de Filipe Melo, história de uma cozinheira relutante e de um comensal paciente, que inclui, como brinde, uma receita de torta de maçã.

O rodízio literário prossegue com Então a carne, do jornalista Ricardo J. Rodrigues, Açúcar no Sangue, do escritor angolano Sousa Jamba, Variações sobre um tema no Mister Donut, do britânico David Mitchell, cujo Atlas das Nuvens (Presença) foi finalista do Booker Prize em 2004 e veio a ser adaptado ao cinema em 2012, e O talhante de Bermondsey, do seu compatriota Graham Swift, também ele autor de vários romances que chegaram ao grande ecrã, como O País das Águas ou Últimas Vontades, ambos publicados em Portugal pela D. Quixote.

O repasto termina com uma Aula de culinária de Djaimila Pereira de Almeida, a escritora portuguesa de origem angolana que se revelou, em 2015, com Esse Cabelo, umas Notas para a minha autobiografia alimentar, do poeta e ensaísta José Tolentino Mendonça, e Come chocolates, pequena, uma sobremesa a cargo da poetisa Adília Lopes, que também oferece uma receita de refrescante simplicidade neste mundo gourmet.