Activistas contra a perseguição de homossexuais na Tchetchénia foram detidos em Moscovo

Autoridades russas impediram cinco pessoas de entregar uma petição com dois milhões de assinaturas ao procurador-geral do país.

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As acusações sobre as autoridades tchetchenas surgiram no mês passado Reuters/CARLOS JASSO

Cinco activistas foram detidos pela polícia russa, nesta quinta-feira, quando tentavam entregar no gabinete da Procuradoria-Geral uma petição dois milhões de assinaturas que exige uma investigação sobre as alegadas perseguições de homossexuais na Tchetchénia.

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Cinco activistas foram detidos pela polícia russa, nesta quinta-feira, quando tentavam entregar no gabinete da Procuradoria-Geral uma petição dois milhões de assinaturas que exige uma investigação sobre as alegadas perseguições de homossexuais na Tchetchénia.

No mês passado, o jornal russo Novaya Gazeta alegou que as autoridades tchechenas tinham detido mais de 100 homens suspeitos de serem homossexuais, levando-os para “campos de concentração” e torturando-os. No jornal, lê-se ainda que pelo menos três desses homens foram mortos.

As autoridades da Tchetchénia, parte da Federação da Rússia, negaram as acusações. O executivo local garante que as denúncias são uma “absoluta mentira e desinformação”, uma vez que não existem homossexuais na região, de maioria muçulmana.

Nos cartazes dos activistas que se juntaram em Moscovo, lia-se: “Justiça para os 100 tchechenos”.

Na semana passada, Angela Merkel apelou ao Presidente russo, Vladimir Putin, para que abrisse uma investigação sobre estes relatos.