Atentado na Síria matou pelo menos 126 pessoas, incluindo 68 crianças

Autocarros transportavam civis retirados de aldeias xiitas cercadas por rebeldes anti-Assad.

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O cenário de destruição à entrada de Alepo, após o atentado de sábado. LUSA/SANA HANDOUT

A explosão que no sábado atingiu uma coluna de autocarros que aguardava autorização para entrar na cidade de Alepo, na Síria, fez pelo menos 126 vítimas mortais, segundo o balanço actualizado este domingo pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização com sede no Reino Unido. Pelo menos 68 das vítimas mortais eram crianças.

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A explosão que no sábado atingiu uma coluna de autocarros que aguardava autorização para entrar na cidade de Alepo, na Síria, fez pelo menos 126 vítimas mortais, segundo o balanço actualizado este domingo pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização com sede no Reino Unido. Pelo menos 68 das vítimas mortais eram crianças.

Os socorristas sírios retiraram pelo menos uma centena de corpos do local e o número de vítimas poderá ainda aumentar, cita a Reuters.

A explosão registou-se na zona de Rashidin, nos arredores de Alepo, onde cerca de 70 autocarros que transportavam civis provenientes de duas aldeias xiitas, abrangidas por um acordo de retirada de habitantes cercados, aguardavam ordem para seguir viagem.

As localidades em causa, Fua e Kafraya, estavam cercadas por rebeldes. Dali saíram pelo menos 5000 civis e centenas de combatentes fiéis ao regime de Bashar al-Assad.

O chamado “acordo das quatro cidades”, mediado pelo Qatar e o Irão e que prevê que habitantes de duas zonas cercadas por forças rebeldes e duas outras cercadas pelo regime sejam transferidos para áreas menos hostis, encontra-se suspenso desde a noite de sexta-feira.

Ainda não houve uma reivindicação da autoria do atentado, que a imprensa estatal afirma ter sido perpetrado por um bombista suicida ao volante de um automóvel armadilhado.