Dia 1 de Outubro ganha força para as autárquicas

"Se concluirmos o processo na quarta-feira, a decisão será tomada no Conselho de Ministros de quinta-feira", disse a secretária de Estado adjunta e da Administração Interna.

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António Costa recebeu Assunção Cristas para discutirem a data das autárquicas LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

Para já, os quatro partidos ouvidos pelo Governo preferem o dia 1 de Outubro como data para se realizarem as eleições autárquicas. Mas o processo ainda não terminou e o primeiro-ministro, António Costa, vai ter de ouvir mais forças políticas na quarta-feira. É que, pelo meio, Costa tem de ir à Madeira, entre outras razões para assistir à mudança de nome do aeroporto daquela região que vai passar a chamar-se Cristiano Ronaldo.

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Para já, os quatro partidos ouvidos pelo Governo preferem o dia 1 de Outubro como data para se realizarem as eleições autárquicas. Mas o processo ainda não terminou e o primeiro-ministro, António Costa, vai ter de ouvir mais forças políticas na quarta-feira. É que, pelo meio, Costa tem de ir à Madeira, entre outras razões para assistir à mudança de nome do aeroporto daquela região que vai passar a chamar-se Cristiano Ronaldo.

António Costa e outros membros do Governo receberam nesta segunda-feira, em São Bento, alguns líderes partidários para saber em que data preferem as eleições autárquicas. Para já, PSD, CDS, PEV e PAN escolhem 1 de Outubro. O Bloco de Esquerda, o PCP e o PS só serão ouvidos na quarta-feira, quando António Costa regressar da Madeira, mas pelo menos o BE já manifestou preferência por 24 de Setembro ou 1 de Outubro. Os bloquistas não querem que a campanha aconteça durante as férias, nem que se confunda com o debate do Orçamento do Estado. E até o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já disse que também via com bons olhos 1 de Outubro.

Apesar de o Governo não se ter comprometido com qualquer data, se a tendência se mantiver nos próximos encontros em São Bento, é provável que seja aquele dia, até porque o que se procura é o maior consenso possível entre as forças políticas representadas no Parlamento.

À saída das reuniões, os vários protagonistas políticos justificaram o porquê de 1 de Outubro. A vice-presidente do PSD, Teresa Leal Coelho e candidata à Câmara Municipal de Lisboa, afirmou que esta data garante que os candidatos "possam apresentar os seus projectos” e que a sociedade civil possa “acompanhar todo o processo". Teresa Leal Coelho apelou ainda a que o processo autárquico decorra "com isenção, imparcialidade e transparência".

"Fazemos apelo a todos os actores políticos para que se comportem com isenção, transparência e imparcialidade e a todos, também ao Governo, que neste período pré-eleitoral tenham uma particular parcimónia no que diz respeito a eventuais actuações menos isentas", disse.

Também líder centrista, Assunção Cristas, considerou 1 de Outubro "a melhor data". Para a candidata a Lisboa, "dia 24 ainda é tempo de férias para muitas famílias portuguesas e dia 8 já seria afectado pela ponte do feriado do 5 de Outubro". Pela mesma data alinham o PEV e o PAN.

No final, aos jornalistas e também citada pela Lusa, a secretária de Estado adjunta e da Administração Interna, Isabel Oneto, defendeu que "quanto mais cedo" o Governo marcar as eleições autárquicas "melhor para todos". "Se concluirmos o processo na quarta-feira, a decisão será tomada no Conselho de Ministros de quinta-feira", assegurou.

De acordo com a Lei Eleitoral dos Órgãos das Autarquias Locais, a data das autárquicas é marcada por decreto do Governo com, pelo menos, 80 dias de antecedência. As eleições têm de realizar-se entre 22 de Setembro e 14 de Outubro e o dia tem de ser um domingo ou feriado nacional. Com Lusa