Sócrates quer ser ouvido antes da decisão sobre prolongamento do processo

“Se a senhora Procuradora fixou um prazo que acabou na segunda-feira à noite basta fazer as contas para perceber que não pode prolongá-lo mais”, afirma advogado de Sócrates.

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O âmbito no qual o senhor engenheiro foi preso não tem relação alguma com estas novas linhas de investigação”, afirma Delille, advogado de defesa Miguel Manso

Um dos advogados de defesa de José Sócrates, Pedro Delille, disse, em entrevista à TSF, que a defesa ainda não foi ouvida acerca da eventual decisão de prolongamento do caso Marquês, mas que espera que isso ainda aconteça. Delille instou, também, a Procuradora-Geral da República a cumprir os prazos que ela própria indicou.

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Um dos advogados de defesa de José Sócrates, Pedro Delille, disse, em entrevista à TSF, que a defesa ainda não foi ouvida acerca da eventual decisão de prolongamento do caso Marquês, mas que espera que isso ainda aconteça. Delille instou, também, a Procuradora-Geral da República a cumprir os prazos que ela própria indicou.

“Se a senhora Procuradora [Geral da República] fixou um prazo que acabou na segunda-feira à noite basta fazer as contas para perceber que não pode prolonga-lo mais”, afirma o advogado, “ainda para mais com essas justificações”.

A defesa de Sócrates afirma que nunca foi contactada no sentido de dar a conhecer os motivos do eventual prolongamento. Delille diz que tomou conhecimento desse motivos através dos jornais e que considera que não fazem qualquer sentido. No entanto, espera que a defesa seja ouvida antes de ser tomada a decisão final.

“As justificações serão continuar as investigações e constituir novos arguidos no âmbito do Grupo Espirito Santo. Mas isto não tem nada a ver com este processo. O âmbito no qual o senhor engenheiro foi preso não tem relação alguma com estas novas linhas de investigação”, afirma.

O advogado acusa ainda o Ministério Público de não ter sido capaz de apresentar provas contra Sócrates e, por isso, prolongar este processo indefinidamente. Diz que o Ministério Público não foi capaz “de arranjar qualquer prova” mas que apresentou o processo de Sócrates “à opinião pública e aos jornais” como se “fosse uma condenação certa do engenheiro Sócrates”, mesmo sem provas.