"Cristas não tem condições para ser candidata à câmara"

As críticas às posições assumidas por Assunção Cristas em entrevista ao PÚBLICO sobem de tom no interior da concelhia de Lisboa do PSD, entre os que sempre recusaram apoiar a sua candidatura à capital.

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Cristas debaixo de fogo do PSD-Lisboa NUNO FERREIRA SANTOS

Ainda Assunção Cristas não tinha dado a entrevista ao PÚBLICO, a falar do BES e do BANIF e de como as questões a banca passavam ao lado dos conselhos de ministros do governo de que fez parte, e já uma parte do PSD-Lisboa se movimentava contra a sua candidatura. Ainda Cristas não tinha contado que soube da resolução do BES quando estava a banhos, nas férias, e já o PSD recusava brincar às "geringonças" de direita em Lisboa. Mas agora, depois da entrevista, o PSD local revela-se aliviado por não ter havido coligação. 

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Ainda Assunção Cristas não tinha dado a entrevista ao PÚBLICO, a falar do BES e do BANIF e de como as questões a banca passavam ao lado dos conselhos de ministros do governo de que fez parte, e já uma parte do PSD-Lisboa se movimentava contra a sua candidatura. Ainda Cristas não tinha contado que soube da resolução do BES quando estava a banhos, nas férias, e já o PSD recusava brincar às "geringonças" de direita em Lisboa. Mas agora, depois da entrevista, o PSD local revela-se aliviado por não ter havido coligação. 

"Assunção Cristas não revelou sentido de Estado nem de responsabilidade. Revelou, com uma leviandade tremenda, ter assinado de cruz uma resolução que prejudicou imensas famílias. Não tem condições para ser candidata à Câmara Municipal de Lisboa. E o PSD estava mais que certo quando recusou apoiá-la". As críticas são de Rodrigo Gonçalves, vice-presidente do PSD-Lisboa, em declarações ao PÚBLICO. 

O dirigente da concelhia de Lisboa diz que as respostas da líder do CDS-PP são "lamentáveis" e que a fragilizam como responsável política. "Ninguém quer uma pessoa que assine de cruz a dirigir a câmara", defende Rodrigo Gonçalves. Sem tecer considerações quanto ao carácter da ex-ministra de Passos Coelho e Paulo Portas, o vice-presidente da concelhia lisboeta assume que "muita gente pensa" como ele el Lisboa, "mas não querem dizê-lo publicamente".

A entrevista de Assunção Cristas entrou definitivamente pelo terreno das autárquicas.