Obras no hospital de Gaia-Espinho e ala pediátrica do São João vão avançar

Ministro da Saúde garante que situações estão a ser desbloqueadas.

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Internamento pediátrico no S. João é feito em contentores NFACTOS / Fernando Veludo

Não passou de “um mal-entendido” o problema que levou os directores de serviço do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E) a ameaçarem demitir-se, caso o Governo não desbloqueasse os 16 milhões de euros necessários para o arranque da segunda fase das obras naquela unidade hospitalar. “As obras vão avançar. Os compromissos assumidos com a população vão ser cumpridos. Não podemos confundir incidências procedimentais e algum excesso de preocupação sem fundamento para que o essencial seja posto em causa”, garantiu o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

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Não passou de “um mal-entendido” o problema que levou os directores de serviço do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E) a ameaçarem demitir-se, caso o Governo não desbloqueasse os 16 milhões de euros necessários para o arranque da segunda fase das obras naquela unidade hospitalar. “As obras vão avançar. Os compromissos assumidos com a população vão ser cumpridos. Não podemos confundir incidências procedimentais e algum excesso de preocupação sem fundamento para que o essencial seja posto em causa”, garantiu o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

Relativamente ao outro grande investimento previsto na Saúde na zona do Grande Porto, Adalberto Campos Fernandes garantiu que o pedido de avaliação da viabilidade da nova ala pediátrica do S. João não porá em causa o prometido investimento de cerca de 20 milhões de euros necessários para fazer avançar a obra que visa dar resposta às necessidades de internamento pediátrico no hospital, que funciona em contentores há seis anos.

De passagem por Santo Tirso, onde decorreu ontem o Fórum Nacional de Saúde, o ministro da Saúde disse que o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, já assinou a portaria que desbloqueia os 16 milhões de euros que financiará a segunda fase das obras do CHVNG/E, que inclui o novo serviço de urgência e cuja adjudicação estava dependente da publicação de uma portaria conjunta dos ministérios da Saúde e Finanças.

Depois de uma espera de oito meses, 12 directores de serviço daquele centro hospitalar tinham avisado que, se a situação não fosse desbloqueada até final de Março, equacionariam uma demissão em bloco. “Estes exercícios de anúncios de demissão são normais em todos os ciclos de governação, correspondem à expectativa e à ansiedade que os profissionais têm de ver os seus hospitais equipados e melhorados”, desdramatizou Adalberto Campos Fernandes, enfatizando o que disse ser o “esforço enorme” que o actual Governo está a fazer em termos de reabilitação e investimento, “num quadro em que as finanças públicas ainda estão com grandes exigências”.

O tom não divergiu muito do utilizado quando questionado sobre o significado do pedido de reavaliação da viabilidade da nova ala pediátrica do Hospital de S. João. Os responsáveis do hospital têm até 15 de Abril para responder ao pedido do Governo, mas Adalberto Campos Fernandes, que ontem aproveitou a passagem por Santo Tirso para se reunir com a equipa directiva do S. João, sustentou que tal pedido visa apenas “fazer uma última validação dos diferentes procedimentos em curso”.

“Relativamente ao S. João eles estão muito adiantados e os procedimentos serão lançados de imediato”, adiantou.

A nova ala pediátrica, conhecida como “Joãozinho” arrasta-se há anos no papel. Em Janeiro, a Administração Regional de Saúde do Norte anunciou a aprovação da construção da nova ala, num investimento de cerca de 20 milhões de euros, a disponibilizar pelo ministério de Adalberto Campos, gorada que foi a tentativa de fazer avançar a obra por via do mecenato.