Mónica Ferro é nova directora regional de agência da ONU

Ex-deputada do PSD vai ser representante regional do Fundo das Nações Unidas para a População.

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Mónica Ferro (à direita) no Parlamento Rui Gaudêncio

Mónica Ferro acaba de ser escolhida directora da Representação Regional em Genebra do Fundo das Nações Unidas de Apoio à População, uma posição que o Ministério dos Negócios Estrangeiros português descreve como de "extrema importância e visibilidade na área da população e cooperação internacional para o desenvolvimento".

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Mónica Ferro acaba de ser escolhida directora da Representação Regional em Genebra do Fundo das Nações Unidas de Apoio à População, uma posição que o Ministério dos Negócios Estrangeiros português descreve como de "extrema importância e visibilidade na área da população e cooperação internacional para o desenvolvimento".

Ferro, de 44 anos, é professora de Relações Internacionais no ISCSP-Universidade de Lisboa, foi deputada da Assembleia da República, onde foi vice-presidente da bancada do PSD e coordenadora para as questões de população e desenvolvimento, e foi vice-presidente do Fórum Europeu de Parlamentares sobre População e Desenvolvimento. Em comunicado, a diplomacia portuguesa fala em "justo reconhecimento de um relevante percurso" e dedicação às questões da população, em particular mulheres e jovens.

Como directora do escritório de Genebra, Ferro será a líder máxima do Fundo da População em Genebra e terá responsabilidade global pela gestão das relações do Fundo com todas as agências da ONU, missões diplomáticas permanentes e organizações internacionais em Genebra. O Fundo tem seis escritórios com a função de liaison: para além de Genebra, estão em Addis Abeba, Bruxelas, Copenhaga, Tóquio e Washington.

O Fundo da População é liderado por Babatunde Osotimehin, um médico e perito em saúde pública e ex-ministro da Saúde da Nigéria, que tem por inerência o cargo de sub-secretário-geral da ONU. A organização tem seis chefias regionais: Estados Árabes; Asia e Pacífico; África do Leste e Sudeste; Europa do Leste e Ásia Central; América Latina e Caraínbas; e África Central e Ocidental. O lema oficial do Fundo da População é ambicioso: "Contribuir para um mundo onde todas as gravidezes são desejadas, todos os partos são seguros e o potencial de todos os jovens é atingido".

Em Dezembro, havia mais de 100 portugueses a trabalhar nas três sedes das Nações Unidas (Nova Iorque, Genebra e Viena), em cargos considerados relevantes. Para além do secretário-geral da ONU, António Guterres — eleito no fim do ano através de um sistema elogiado pela inédita abertura e transparência —, há portugueses um pouco por todos os continentes e em toda a estrutura da ONU.

Patrícia Galvão Teles foi das últimas portuguesas a entrar no sistema, quando ganhou no fim do ano a corrida para a Comissão de Direito Internacional para o período 2017/2021. Recentemente houve também a nomeação de Miguel de Serpa Soares para sub-secretário para os Assuntos Jurídicos e a do intendente Luís Carrilho para a chefia da polícia da ONU na missão na República Centro Africana.

Nota: corrigida às 18h41, depois de MNE ter esclarecido que o processo não foi uma "eleição" mas uma "escolha" de entre "vários candidatos".