Frio danifica pinturas na Pinacoteca de Brera

Quarenta obras do museu de Milão tiveram de ser protegidas com papel de seda e algumas foram mesmo para restauro.

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A Pinacoteca de Brera, em Milão, que alberga uma das mais importantes colecções de arte italiana, teve de adoptar medidas urgentes para evitar que o frio danificasse irreparavelmente algumas das pinturas expostas. Cerca de 40 obras foram parcialmente recobertas com papel de seda japonês para evitar que a tinta, por efeito do frio, se separasse do suporte. Um perigo que ameça as pinturas antigas sobre madeira, já que esta tende a dilatar-se quando a temperatura e a humidade variam de forma demasiado brusca.

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A Pinacoteca de Brera, em Milão, que alberga uma das mais importantes colecções de arte italiana, teve de adoptar medidas urgentes para evitar que o frio danificasse irreparavelmente algumas das pinturas expostas. Cerca de 40 obras foram parcialmente recobertas com papel de seda japonês para evitar que a tinta, por efeito do frio, se separasse do suporte. Um perigo que ameça as pinturas antigas sobre madeira, já que esta tende a dilatar-se quando a temperatura e a humidade variam de forma demasiado brusca.

Quem visitou este fim-de-semana o museu milanês surpreendeu-se com estas medidas de protecção, visíveis também naquela que é considerada a mais famosa pintura conservada na Pinacoteca de Brera, a chamada Sacra Conversazione, também conhecida como Virgem com Menino e Santos, uma obra executada por Piero Della Francesca entre 1472 e 1474, por encomenda de Federico de Montefeltro, duque de Urbino.

Algumas pinturas tiveram mesmo de ser removidas das paredes e enviadas para restauro, como Histórias de São Jerónimo, do pintor renascentista veneziano Lazzaro Bastiani, ou o famoso Cristo atado à coluna (1490), de Donato Bramante, outro dos tesouros do museu.

Que uma instituição com a importância da Pinacoteca de Brera não tenha resistido ao frio gelado que se fez sentir em Milão nos últimos dias não deixa de ser surpreendente. “Foi tudo culpa de um terramoto climático, mas não aconteceu nada de irreparável”, garantiu o director do museu, o anglo-canadiano James Bradburne, explicando que já foram instalados equipamentos suplementares para regular a temperatura.