PSD-Lisboa acusa Medina de gerir de forma "irresponsável" processo da Carris

António Prôa diz que presidente da câmara se tem "precipitado com um conjunto de promessas relativamente à gestão da Carris".

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Vereador António Prôa exige esclarecimentos de Medina josé sarmento matos/arquivo

A vereação do PSD de Câmara Municipal Lisboa acusou nesta sexta-feira o presidente da autarquia, Fernando Medina, de "gerir de forma pouco clara e irresponsável" o processo da Carris.

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A vereação do PSD de Câmara Municipal Lisboa acusou nesta sexta-feira o presidente da autarquia, Fernando Medina, de "gerir de forma pouco clara e irresponsável" o processo da Carris.

O Presidente da República promulgou, também nesta sexta-feira, o diploma que atribui à Câmara de Lisboa a gestão da rodoviária Carris, segundo uma nota publicada na página da Presidência na Internet.

"O PSD de Lisboa acusa Fernando Medina de gerir de forma pouco clara e irresponsável todo o processo, sem medir as consequências que isso traz para os lisboetas", refere.

No comunicado, o vereador do PSD António Prôa exige a "imediata apresentação aos órgãos do município do Plano Estratégico, Plano de Gestão e respectivo documento de gestão financeira para uma discussão com tempo, para ser responsável e com acesso a toda a informação para ser um processo transparente".

"O senhor presidente da Câmara tem-se precipitado com um conjunto de promessas relativamente à gestão da Carris sem divulgar as consequências financeiras de tais compromissos", refere o vereador do PSD, citado no comunicado.

O vereador continua, acusando Fernando Medina de atirar tudo "para o futuro" com o "propósito de servir a sua campanha eleitoral". "Para além das consequências financeiras, há a questão da mobilidade na cidade que importa ser avaliada já que a acção da maioria que governa a Câmara tem sido responsável pela concretização de opções com resultados nefastos para a circulação na cidade", salienta António Prôa.

Para o vereador, permitir a separação da Carris do Metropolitano de Lisboa é "uma irresponsabilidade" e "significa um retrocesso num caminho de articulação fundamental que há tanto era desejado". "Ficar com a Carris sem a capacidade de influenciar decisivamente a gestão do Metropolitano de Lisboa é um erro que condicionará decisivamente a capacidade de intervir eficazmente na mobilidade na cidade de Lisboa", acrescentou.

No final de Novembro, o Governo e a Câmara de Lisboa assinaram um memorando da passagem de gestão da rodoviária Carris para a autarquia. Na ocasião, foram anunciadas medidas como o reforço de 250 novos autocarros nos próximos três anos para a cidade, num investimento de 60 milhões de euros, a contratação de 220 motoristas, a criação de 21 novas linhas e, ainda, a atribuição de passes gratuitos a todas as crianças até aos 12 anos e descontos para os idosos.

A opção do Governo de entregar a Carris ao município surge na sequência da suspensão dos processos de concessão lançados em 2011 pelo Governo PSD/CDS-PP, liderado por Pedro Passos Coelho.