Sabonetes de luxo da portuguesa Castelbel já estão em 50 países

Estados Unidos são o maior cliente da empresa que produz sabonetes e produtos perfumados, mas a Castelbel quer investir mais na Ásia. Entrada do fundo Vallis abriu portas a investimento em nova fábrica.

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É um “mercado apetecível” e onde já tem presença, mas nos próximos cinco anos a portuguesa Castelbel quer aumentar o peso dos clientes asiáticos na facturação global, dos actuais 3% para 15%. A produtora de sabonetes e produtos perfumados para casa (e dona da marca Portus Cale) já vende para 50 países e destina 45% da produção aos Estados Unidos. Mas a abertura recente de uma loja Castebel em Macau e a entrada, em Agosto, do Fundo Vallis no capital da empresa vieram dar novo foco ao negócio em geografias com maiores probabilidades de crescimento.

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É um “mercado apetecível” e onde já tem presença, mas nos próximos cinco anos a portuguesa Castelbel quer aumentar o peso dos clientes asiáticos na facturação global, dos actuais 3% para 15%. A produtora de sabonetes e produtos perfumados para casa (e dona da marca Portus Cale) já vende para 50 países e destina 45% da produção aos Estados Unidos. Mas a abertura recente de uma loja Castebel em Macau e a entrada, em Agosto, do Fundo Vallis no capital da empresa vieram dar novo foco ao negócio em geografias com maiores probabilidades de crescimento.

O investimento do fundo (que detém os chocolates Imperial) está a trazer mudanças na gestão. Aquiles Barros, sócio fundador da Castelbel, explica que os actuais administradores mantêm “grande liberdade de actuação dentro do plano estratégico e de negócios delineado em conjunto”. Haverá mais investimento em marketing e uma “focalização e reforço das vendas nos mercados com maior potencial de crescimento, como por exemplo, os asiáticos”. A Castelbel exporta para 50 países diferentes e as vendas internacionais deverão pesar, este ano, 84% na facturação. Na Ásia já está em Hong Kong (são dela os produtos do spa do hotel Four Seasons, por exemplo), Japão, Singapura e Macau.

A empresa tem planos para recrutar mais trabalhadores no próximo ano e está a avançar com um investimento numa nova fábrica, que pode atingir os três milhões de euros. “Ao fim de dois meses de procura identificámos o imóvel industrial, prevendo-se que daqui a um ano já estaremos a laborar no novo local”, adianta Aquiles Barros. A actual unidade, instalada no Castêlo da Maia, tem um volume de produção anual de 5,5 milhões de sabonetes em quatro grupos de fabrico diferentes. “Nas instalações novas vamos ter espaço para mais dois grupos de fabrico o que, no limite de laboração contínua, nos permitirá atingir uma produção máxima de 15 milhões de sabonetes por ano”, diz o sócio fundador, sublinhando que os valores não incluem outro produtos como velas, difusores ou ambientadores.

Este ano, a Castelbel deverá chegar a uma facturação de nove milhões de euros, o que representa um crescimento de 15% em relação a 2015. Cerca de dois terços dos produtos são de marca própria e um terço é fabricado para clientes (a chamada private label), como a Zara Home. As vendas para os Estados Unidos, Reino Unido e Espanha são, sobretudo, de private label. Portugal, Espanha, Reuno Unido e EUA representam, juntos, mais de 80% da facturação.

A Castelbel foi fundada em 1999 com apenas seis trabalhadores que produziam sabonetes artesanais para os EUA. A ideia inicial era apenas exportar a produção , mas o negócio evoluiu para a criação de marcas próprias. O desinvestimento de um dos sócios fundadores (John Bresler) levou ao investimento do Fundo Vallis em Junho deste ano. O fundo, dono dos chocolates Imperial, comprou 60% da Castelbel por um valor não divulgado.