Muçulmano ergue árvore de Natal em Bagdad em solidariedade para com os cristãos

Yassir Saad colocou uma árvore de Natal na capital iraquiana com 26 metros de altura numa iniciativa que pretende "juntar os nossos irmãos cristãos".

Foto
Twitter/Julie Lenarz

Um empresário muçulmano ergueu uma árvore de Natal com 26 metros de altura na capital iraquiana de Bagdad em solidariedade com os cristãos perseguidos no país.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Um empresário muçulmano ergueu uma árvore de Natal com 26 metros de altura na capital iraquiana de Bagdad em solidariedade com os cristãos perseguidos no país.

A Associated Press falou com o responsável pela obra, Yassir Saad, que afirmou que a iniciativa tem como objectivo “juntar os nossos irmãos cristãos nesta época festiva e ajudar os iraquianos a esquecer as suas angústias, especialmente a guerra em Mossul”.

A árvore artificial conta com uma altura de 26 metros, com um diâmetro de dez metros e foi colocada no centro de um parque de diversões em Bagdad. O empresário revelou ainda que custou por volta de 24 mil dólares (cerca de 23 mil euros).

A comunidade cristã no Iraque tem sofrido uma acentuada diminuição desde a invasão da coligação liderada pelos EUA em 2003 e com a ascensão do autoproclamado Estado Islâmico no país.

Desde a invasão da cidade de Mossul em 2014 por parte dos jihadistas, a comunidade cristã na região ficou obrigada ao pagamento de impostos, à conversão forçada ao Islão e à execução. Desta maneira foram milhares os cristãos que fugiram da cidade e dos arredores nos últimos dois anos.

A Associated Press cita ainda uma professora, Saba Ismael, que visitou, juntamente com os seus alunos, a nova árvore para explicar que a iniciativa “representa amor e paz”. “Desejo que todos os cristãos iraquianos possam regressar ao Iraque e que tenham vidas normais e pacíficas”, pediu a docente.