Trabalhadores do Júlio de Matos reclamam ser pagos por horas extra

Enfermeiros e auxiliares entregam “prendas de Natal” à administração da unidade de saúde.

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dro daniel rocha

Trabalhadores do Hospital Psiquiátrico Júlio de Matos, em Lisboa, entregam esta terça-feira ao conselho de administração pedidos de reembolso de horas extraordinárias que não lhes foram pagas. À reivindicação, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, que organizam o protesto, chamam "oferta de prendas de Natal".

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Trabalhadores do Hospital Psiquiátrico Júlio de Matos, em Lisboa, entregam esta terça-feira ao conselho de administração pedidos de reembolso de horas extraordinárias que não lhes foram pagas. À reivindicação, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, que organizam o protesto, chamam "oferta de prendas de Natal".

A carência generalizada de trabalhadores na unidade de saúde chega a fazer com que durante a noite um enfermeiro fique sozinho a cuidar de 28 doentes, dizem as duas organizações sindicais em comunicado. “Verificam-se milhares de horas extraordinárias acumuladas e não pagas, milhares de feriados em dívida, chegando a atingir os 760 num só serviço”, refere a mesma nota de imprensa. Para os representantes destes profissionais, a contratação que tem vindo a ser feita de pessoal a recibo verde não pode constituir a resposta a uma necessidade permanente de funções.

Salientando que a falta de trabalhadores tem provocado o desgaste de enfermeiros e auxiliares, com a consequente redução da qualidade dos serviços prestados, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais dizem que a saúde mental não pode continuar a ser relegada para segundo plano, porque tanto os profissionais como os doentes mentais “merecem respeito”.