Chegar ao topo da carreira é mais difícil

Mulheres representam 44% do total de docentes do sector, mas menos de um terço chega ao lugar de professor catedrático ou principal.

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NUNO FERREIRA SANTOS

Não é só às chefias das instituições de ensino superior que as mulheres têm dificuldade em aceder. Também o topo da carreira é um lugar longínquo para elas que, apesar de representarem 44% do total de docentes do sector, ocupam menos de um terço dos cargos de professor catedrático ou principal.

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Não é só às chefias das instituições de ensino superior que as mulheres têm dificuldade em aceder. Também o topo da carreira é um lugar longínquo para elas que, apesar de representarem 44% do total de docentes do sector, ocupam menos de um terço dos cargos de professor catedrático ou principal.

Segundo os dados da Direcção-Geral das Estatísticas da Educação e Ciência relativos ao lectivo 2015/2016, havia 11.116 mulheres a dar aulas no ensino superior público, o que representa 44,2% do total de docentes. Comparando com a representação feminina ao longo da carreira, verifica-se que esta proporção se mantém idêntica nos lugares iniciais da carreira (44,4% dos professores auxiliares nas universidades e 46% dos professores adjuntos nos politécnicos são mulheres).

Todavia, à medida que se progride na carreira, a percentagem de docentes do sexo feminino vai diminuindo gradualmente. Só 22,9% dos professores catedráticos, o topo da carreira no ensino universitário, são mulheres. O mesmo acontece no sector politécnico, no qual 28,6% dos lugares mais altos da carreira, o de professor coordenador principal, está nas mãos de professoras.