Ainda sem governo, Rajoy já enfrenta primeiros protestos

Estudantes do ensino básico e secundário encheram as ruas das principais cidades contra a introdução de novos exames.

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Manifestação de estudantes em Madrid contra os novos exames Gerard Julien / AFP

Milhares de estudantes, pais e professores saíram às ruas das principais cidades espanholas esta quarta-feira, em protesto contra a reforma educativa que o Governo conservador aprovou ainda na legislatura anterior. As associações estudantis dizem que em Madrid participaram 60 mil pessoas, mas as autoridades dizem ter sido apenas 1300. Em Barcelona foram 8500, diz a polícia.

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Milhares de estudantes, pais e professores saíram às ruas das principais cidades espanholas esta quarta-feira, em protesto contra a reforma educativa que o Governo conservador aprovou ainda na legislatura anterior. As associações estudantis dizem que em Madrid participaram 60 mil pessoas, mas as autoridades dizem ter sido apenas 1300. Em Barcelona foram 8500, diz a polícia.

Todo o sector da Educação se uniu à greve geral, convocada por associações de estudantes e de pais e que receberam apoio da maioria dos professores e até das comunidades autónomas governadas pelo PP. Em causa está a introdução de novos exames, designados como "reválidas", nos finais de ciclo do ensino obrigatório. Estudantes e professores contestam a medida, que dizem vir apenas prejudicar os alunos com mais dificuldades económicas e sociais, privando-os desde cedo de qualquer aspiração a prosseguir estudos superiores.

Os exames fazem parte da reforma educativa promovida pelo anterior ministro da Educação, José Ignacio Wert, e que foi alvo de forte contestação. A greve geral de quarta-feira, lembra o El País, é a 23.ª acção de protesto contra a reforma de 2012.

Entre as críticas está a alegada retirada de importância ao ensino dos idiomas regionais, que passaram a ter carácter opcional. Em Abril, o Congresso aprovou uma resolução para suspender a aplicação das medidas constantes na reforma que ainda não passaram do papel, mas a dissolução do Parlamento anulou o diploma.