Proprietários lisbonenses defendem alívio fiscal do alojamento habitacional
Governo está, de acordo com notícia publicada pelo Expresso, a avaliar agravamento de tributação do alojamento local.
O presidente da Associação Lisbonense de Proprietários (ALP) afirmou hoje que, "a haver alguma convergência" entre os regimes fiscais do arrendamento local e habitacional, "deveria fazer-se pela redução da tributação do alojamento habitacional".
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O presidente da Associação Lisbonense de Proprietários (ALP) afirmou hoje que, "a haver alguma convergência" entre os regimes fiscais do arrendamento local e habitacional, "deveria fazer-se pela redução da tributação do alojamento habitacional".
De acordo com a edição deste sábado do Expresso, o Governo está a avaliar o aumento da tributação sobre o arrendamento de alojamento local, que actualmente é de 5%, por forma a aproximá-lo ao regime que vigora para o arrendamento habitacional, cuja taxa de IRS suportada pelos proprietários é de 28%.
Em causa está o diferente tratamento fiscal actualmente em vigor: um proprietário que arrende a casa para habitação permanente tem de entregar 28% da renda ao Estado em sede de IRS, ao passo que um proprietário que tenha a casa registada no regime de alojamento local (que inclui, por exemplo, os arrendamentos de curta duração feitos a turistas) é tributado a uma taxa de 5%.
Em declarações à Lusa, o presidente da ALP, Luís de Menezes Leitão disse desconhecer qualquer proposta em concreto sobre esta questão, mas defendeu que, "a haver alguma convergência, esta deveria fazer-se pela redução da tributação do alojamento habitacional". Reconhecendo que "há grandes disparidades" entre a tributação dos alojamentos local e habitacional, Menezes Leitão entende que "essa eventual harmonização deverá fazer-se pela baixa da tributação do alojamento habitacional".
Para o presidente da ALP, um eventual agravamento da tributação sobre o alojamento local "vai pôr em causa o negócio", uma vez que este "tem custos administrativos que não existem no alojamento habitacional", como sejam os serviços de limpeza, recepção ou outros serviços de apoio.
Na semana passada, em entrevista à TSF e ao Dinheiro Vivo, a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, afirmou que "o alojamento de curta duração teve um crescimento exponencial" e que, "como qualquer fenómeno que cresce, precisa de alguns ajustes", sublinhando que "a própria lei tem algumas incongruências, mesmo em termos de requisitos, como de higiene ou segurança", e que há "alguma necessidade de afinar e regular".
Questionada sobre quando prevê realizar estas alterações, Ana Mendes Godinho apontou para 2016: "O meu compromisso foi até ao final do ano termos estes tais ajustes e alterações, mas muito partilhados entre os operadores do alojamento local e de hotelaria tradicional".
Contactadas pela Lusa, fontes dos ministérios das Finanças e da Economa escusaram-se a prestar esclarecimentos sobre esta matéria.