Faltam mais de 500 psicólogos nas escolas

Bastonário da Orem dos Psicólogos Portugueses acredita que situação poderá mudar a prazo.

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Nas escolas portuguesas há um psicólogo para 1700 alunos asm adriano miranda

O número de psicólogos por alunos nas escolas portuguesas é actualmente de 1/1700 estudantes, quando o rácio recomendado é de 1/1000, o que significa que "faltam mais de 500 psicólogos devidamente distribuídos", disse nesta terça-feira o bastonário da Ordem.

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O número de psicólogos por alunos nas escolas portuguesas é actualmente de 1/1700 estudantes, quando o rácio recomendado é de 1/1000, o que significa que "faltam mais de 500 psicólogos devidamente distribuídos", disse nesta terça-feira o bastonário da Ordem.

O bastonário da Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP), Telmo Mourinho Baptista, defendeu uma maior inclusão destes profissionais nas grandes áreas de intervenção, nomeadamente na educação e saúde. "Tanto na área da saúde, como da educação, como nas organizações, há falta de uma presença de psicólogos", disse Telmo Baptista, que falou à Lusa a propósito do 3.º Congresso da Ordem dos Psicólogos, que começa  nwsta quarta-feira, no Porto.

O responsável sublinha, contudo, que, apesar de se saber que "ainda existe um caminho a percorrer", é possível acreditar que estão a ser dados "importantes passos rumo à afirmação dos psicólogos nas escolas".

Referiu, por exemplo, que o Conselho Nacional de Educação emitiu um parecer "a sublinhar que eram necessários mais psicólogos nas escolas" e que o Ministério da Educação se comprometeu "a disponibilizar 30 milhões de euros para os próximos tempos, com o objectivo de se contratar mais psicólogos e proporcionar melhores condições aos que já trabalham nas escolas".

Durante o congresso do Porto, que contará com cerca de 1.800 participantes, será lançado oficialmente o livro "Uma Dor Tão Desigual", que resulta de uma parceria entre a Ordem dos Psicólogos e oito escritores lusos, onde se explora as diferentes variantes dos distúrbios psicológicos. Afonso Cruz, Dulce Maria Cardoso, Gonçalo M. Tavares, Joel Neto, Maria Teresa Horta, Nuno Camarneiro, Patrícia Reis e Richard Zimler "mostram o quão asfixiante pode ser a doença e quanta diferença faria uma sensibilidade refrescante", refere a organização do congresso.