Para Jerónimo, continuidade do Governo PS depende da reposição de direitos

O líder do PCP esteve nos Açores a lançar o programam eleitoral e a campanha da CDU para as eleições regionais de 16 de Outubro.

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Jerónimo de Sousa: "O Governo PS durará muito” Daniel Rocha

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, garantiu este sábado que não será o seu partido a ditar o fim do Governo, liderado pelo socialista António Costa, mas avisou que a continuidade deste depende da reposição de direitos e salários.

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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, garantiu este sábado que não será o seu partido a ditar o fim do Governo, liderado pelo socialista António Costa, mas avisou que a continuidade deste depende da reposição de direitos e salários.

“Este Governo e a sua política irão tanto mais longe quanto mais atenderem às reivindicações, às aspirações dos trabalhadores e do povo. Não será o PCP que, com certeza, determinará o seu fim, não será o próprio Partido Socialista a determinar o seu fim, o que vai determinar o seu fim ou a sua continuidade é se sim ou não mantém este caminho aberto no quadro da nova solução política de se continuar a repor direitos, a repor salários, a repor aquilo que é da mais elementar justiça”, afirmou Jerónimo de Sousa.

Para o secretário-geral comunista, “face a isso o Governo PS durará muito”, avisando que “se não fizer então a sua responsabilidade é, de facto, grande e determinará o seu fim ou a sua continuidade”. O dirigente comunista discursava em Ponta Delgada, Açores, na apresentação do programa eleitoral da CDU às eleições legislativas regionais de 16 de Outubro.

Jerónimo de Sousa reafirmou que “não deve haver nenhuma confusão com a situação nacional e com a actual solução política”, que “não significa qualquer eliminação de diferenças programáticas entre o PCP e o PS”. E reiterou: ”Mantemos a nossa independência política, o que aconteceu foi que o PCP e o PS acordaram numa posição conjunta cujas matérias que essa posição contém definem o grau da divergência e o grau de compromisso, mas nenhum partido abdicou da sua independência e do seu programa. ”Insistindo que o "primeiro e principal compromisso" dos comunistas "continua a ser com os trabalhadores e com o povo".