Socialistas galegos defendem entrada na CPLP

Um candidato a deputado pelo Partido Socialista Galego, David Balsa Guldris, foi a Coimbra entregar uma proposta a António Costa.

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Socialistas galegos querem entrar para a CPLP Nuno Ferreira Santos

Os socialistas galegos querem que aquela região espanhola, liderada pelo PP, seja parte da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Um candidato a deputado pelo Partido Socialista Galego, David Balsa Guldris, entregou uma proposta nesse sentido a António Costa, que havia participado no Conselho de Ministros em Coimbra e na cerimónia de homenagem ao pai do SNS, António Arnaut. 

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Os socialistas galegos querem que aquela região espanhola, liderada pelo PP, seja parte da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Um candidato a deputado pelo Partido Socialista Galego, David Balsa Guldris, entregou uma proposta nesse sentido a António Costa, que havia participado no Conselho de Ministros em Coimbra e na cerimónia de homenagem ao pai do SNS, António Arnaut. 

Ainda antes de abordar o primeiro-ministro português, David Balsa Guldris explicava ao microfone da Antena 1 que a Galiza, que vai a eleições a 25 de Setembro, teria com a aproximação à CPLP “um maior peso a nível internacional”. “É muito importante porque a Galiza tem uma língua irmã da portuguesa e uma cultura irmã da portuguesa”, reforça o candidato, que aponta também para os “laços económicos fortes com Portugal” da região espanhola como argumentos.

Balsa Guldris menciona igualmente a boa relação entre socialistas galegos e portugueses como facilitador de um eventual processo de adesão à comunidade lusófona.

A ideia não é nova. Já em 2010, em declarações ao Portal Galego da língua, o mesmo socialista galego declarava essa mesma intenção e referia motivações de ordem económica, política e cultural para a adesão.

A participação na CPLP, mesmo com estatutos de não pleno direito, só é permitida a países e Estados, condição que, manifestamente, não é a da Galiza. Esta região autónoma espanhola, uma das consideradas históricas a par da Catalunha, País Basco, Navarra e Andaluzia, é parte integrante de Espanha. 

Nos estatutos da organização está definido que “qualquer Estado, desde que use o Português como língua oficial, poderá tornar-se membro da CPLP”, sendo que a adesão terá que ser aprovada “por decisão unânime da Conferência de chefes de Estado e de Governo”. A Guiné Equatorial é o mais recente elemento da CPLP, tendo entrado em 2014, depois de processo de adesão pouco consensual.