Esquadrão Suicida: a habitual indigência de milhões de dólares

As habituais tropelias dos efeitos especiais, sem imaginação, e o estardalhaço da banda sonora: nada de novo no universo dos super-heróis.

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Nada de novo no universo dos super-heróis: baralha, parte, dá de novo, reparte. E multiplica, que é o que faz Esquadrão Suicida, tomando um conjunto de super-vilões para fazerem as vezes de super-heróis, os seus poderes malignos postos ao serviço do bem num programa dos serviços de segurança americanos, que os usa como arma secreta no combate a (mais) uma ameaça de destruição total.

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Nada de novo no universo dos super-heróis: baralha, parte, dá de novo, reparte. E multiplica, que é o que faz Esquadrão Suicida, tomando um conjunto de super-vilões para fazerem as vezes de super-heróis, os seus poderes malignos postos ao serviço do bem num programa dos serviços de segurança americanos, que os usa como arma secreta no combate a (mais) uma ameaça de destruição total.

É isto, como podia ser outra coisa: tem-se dificuldade em encontrar um sentido de propósito no filme de David Ayer que não passe pela exibição deste conjunto de personagens, que ainda por cima são tantas que não há tempo (nem talento) para desenvolver com um mínimo de profundidade. E quando há, como no caso da de Will Smith, tudo se resume a uns arremedos psicanalíticos patéticos, ou se não patéticos de per se pateticamente expostos (com ralentis e tudo).

O resto – que é o essencial – são as habituais tropelias dos efeitos especiais, sem imaginação, e o estardalhaço da banda sonora. Prometia-se humor para combater o excesso de sisudez típico deste universo, mas o “humor” resume-se a one liners básicos, que se diria precisarem das gargalhadas pré-gravadas da televisão para poderem ser identificados como momentos em que é suposto o espectador rir-se. Péssimo, faz pensar que o cinema de “grande espectáculo” é, cada vez mais, uma indigência de muitos milhões de dólares. Acaba a prometer sequela: baralha, parte, dá de novo, reparte.