Ainda as sanções e o alívio da direita

O anúncio de que Portugal não seria alvo de multa provocou entre os partidos políticos portugueses um ambiente quase escolar de passa-culpas. Se houvesse sanções, Costa iria atribuí-las à herança de Passos e Portas: no fim de contas, era esse o período em análise… O PSD e o CDS, por sua vez, já tinham falado na tremenda injustiça que seria sancionar Portugal, e por idênticas razões: era a sua herança que estava em jogo. Foi um sentimento antecipado de despeito, ou desconsideração imerecida, que fez com que a anterior maioria se levantasse contra a hipótese de uma multa. Como ela não existiu, suspiraram de alívio. O castigo não foi aplicado, reconhecendo o seu “bom comportamento”, ficando na fila para as reguadas da Comissão Europeia os meninos seguintes, com António Costa à frente. E os bons meninos sorriem já, a antecipar o castigo dos maus. Podia ser uma anedota, mas é a política portuguesa neste 2016.

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O anúncio de que Portugal não seria alvo de multa provocou entre os partidos políticos portugueses um ambiente quase escolar de passa-culpas. Se houvesse sanções, Costa iria atribuí-las à herança de Passos e Portas: no fim de contas, era esse o período em análise… O PSD e o CDS, por sua vez, já tinham falado na tremenda injustiça que seria sancionar Portugal, e por idênticas razões: era a sua herança que estava em jogo. Foi um sentimento antecipado de despeito, ou desconsideração imerecida, que fez com que a anterior maioria se levantasse contra a hipótese de uma multa. Como ela não existiu, suspiraram de alívio. O castigo não foi aplicado, reconhecendo o seu “bom comportamento”, ficando na fila para as reguadas da Comissão Europeia os meninos seguintes, com António Costa à frente. E os bons meninos sorriem já, a antecipar o castigo dos maus. Podia ser uma anedota, mas é a política portuguesa neste 2016.