Hollande cancela parte da ronda europeia e mantém Portugal, mas em versão curta

A visita a Lisboa devia durar três dias, mas foi reduzida a algumas horas. O Presidente francês cancelou viagem à Áustria, Eslováquia e República Checa.

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François Hollande no dia seguinte ao atentado de Nice Philippe Wojazer/Reuters

O Presidente francês, François Hollande, cancelou parte da digressão europeia prevista para discutir o Brexit, na sequência do atentado que matou 84 pessoas em Nice, mas mantém a visita a Portugal, informou este sábado a presidência francesa. 

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O Presidente francês, François Hollande, cancelou parte da digressão europeia prevista para discutir o Brexit, na sequência do atentado que matou 84 pessoas em Nice, mas mantém a visita a Portugal, informou este sábado a presidência francesa. 

O chefe de Estado não viajará para a Áustria, a Eslováquia e a República Checa na quarta-feira. No entanto, manterá a visita a Portugal na terça-feira - em vez dos três dias inicialmente previstos-  e à Irlanda na quinta-feira, como planeado.

O programa de Hollande em Lisboa ainda está a ser ultimado entre as duas Presidências, mas sabe-se já que todos os eventos festivos foram suprimidos, mantendo-se as assinaturas de acordos como o que prevê o ensino do Português na estrutura curricular do ensino da França.

No seu programa inicial, anunciado antes do atentado de Nice, o Presidente francês deveria discutir com os países a saída do Reino Unido da União Europeia. Após o referendo que ditou a saída do Reino Unido, no mês passado, Hollande, a chanceler Angela Merkel e o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, disseram querer dar um "novo ímpeto" ao bloco, particularmente nas áreas da "defesa, crescimento, emprego e competitividade".

Na quinta-feira à noite, um camião avançou durante dois quilómetros sobre as pessoas que estavam na Promenade des Anglais (Passeio dos Ingleses) a assistir ao fogo-de-artifício para celebrar o dia de França. O atentado, que segundo o último balanço fez 84 mortos e 202 feridos, já foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico.