Venezuela suspende racionamento eléctrico a partir de segunda-feira

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Nicolás Maduro, Presidente da Venezuela REUTERS/Carlos Garcia Rawlins

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a suspensão, a partir de segunda-feira, do plano de racionamento de energia eléctrica em vigor desde Abril, na sequência da seca provocada pelo fenómeno climático El Niño.

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O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a suspensão, a partir de segunda-feira, do plano de racionamento de energia eléctrica em vigor desde Abril, na sequência da seca provocada pelo fenómeno climático El Niño.

"Dado que chegaram as chuvas, que todos os planos de poupança funcionaram, que o povo colaborou estoicamente, (...) anuncio que, a partir de segunda-feira, fica sem efeito o plano (...) e que o serviço eléctrico no país operará 24 horas, de maneira normal", disse, durante uma intervenção na televisão estatal.

Nicolás Maduro, que salientou que o país esteve "a seis dias de um colapso" em que seria necessário "apagar quase todo o país", aproveitou para instar a uma maior consciencialização para a questão do consumo de electricidade.

O Presidente venezuelano decretou dias feriados o período entre 19 e 27 de março, coincidindo com a época da Páscoa, para poupar energia e água, contribuindo para reduzir a descida do nível de água da Central Hidroelétrica de El Guri, a principal do país, afetada pela seca desencadeada pelo fenómeno climático El Niño.

A 6 de Abril, anunciou a redução do horário de atendimento da administração pública, que passou a funcionar apenas até às 13h, e decretou as sextas-feiras como dias não laboráveis.

Essa medida foi depois ampliada passando a administração a funcionar apenas às segundas e terças-feiras em horário da manhã.

Por outro lado, foi criado um plano de racionamento a nível empresarial que implicou uma redução dos horários dos centros comerciais, obrigando-os a criarem fontes próprias de abastecimento de energia.

No final de Abril, as autoridades venezuelanas anunciaram um novo plano de racionamento de energia eléctrica, que além de suspensão do serviço a nível empresarial, passava também pelo corte de fornecimento doméstico, durante quatro horas diárias, ao longo de 40 dias.