Lourenço, o "bebé-milagre", já está a ser alimentado com leite humano

Hospital divulga boletim dos "primeiros dias do pequeno Lourenço".

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Médicos explicam detalhes deste caso inédito em conferência de imprensa DR

Chama-se Lourenço e já começou a ser alimentado com recurso a um banco de leite humano o bebé que nasceu terça-feira no Hospital de São José (em Lisboa), depois de ter sido mantido vivo no útero da mãe, que se encontrava em morte cerebral, ao longo de 15 semanas.

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Chama-se Lourenço e já começou a ser alimentado com recurso a um banco de leite humano o bebé que nasceu terça-feira no Hospital de São José (em Lisboa), depois de ter sido mantido vivo no útero da mãe, que se encontrava em morte cerebral, ao longo de 15 semanas.

O boletim clínico Os primeiros dias do pequeno Lourenço, que foi divulgado pela assessoria do Centro Hospitalar de Lisboa Central (que integra o S. José) indica que o bebé continua internado nos Cuidados Intensivos da Unidade de Neonatologia, mas “está clinicamente estável, com respiração espontânea”, sem necessidade de suporte respiratório. Lourenço já iniciou alimentação recorrendo ao banco de leite humano do hospital, acrescenta.

Já apelidado de "bebé-milagre", num caso que é inédito em Portugal e muito raro no mundo, Lourenço foi mantido vivo no útero da mãe, aos 37 anos declarada morta ao fim da noite de 20 de Fevereiro, na sequência de uma hemorragia cerebral. O menino nasceu ao iníciodna tarde de terça-feira, por cesariana, depois de quatro meses de atenção constante de uma vasta equipa. Nasceu com 2,350 kg, com uma gestação de 32 semanas, sem complicações.

A  Comissão de Ética e Direcção Clínica do Centro Hospitalar de Lisboa Central deu o seu parecer e, em conjunto com a família materna e paterna da criança que acompanhou todo o processo, foi acordado manter a gravidez até às 32 semanas, de maneira a garantir a viabilidade do feto.