Vhils faz escultura Olhar para celebrar 25 anos do PÚBLICO

Obra feita a partir de 25 capas do PÚBLICO celebra a vida do jornal.

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É impossível não olhar para aquele olho. Ele agarra-nos assim que o olhamos. Já está na redacção do PÚBLICO em Lisboa há uns dias e foi inaugurada esta sexta-feira. É Olhar, uma escultura de Vhils, de dois metros de altura, duas toneladas de peso e milhares de pedaços minúsculos de papel de jornal que o artista fez para celebrar os 25 anos do PÚBLICO.

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É impossível não olhar para aquele olho. Ele agarra-nos assim que o olhamos. Já está na redacção do PÚBLICO em Lisboa há uns dias e foi inaugurada esta sexta-feira. É Olhar, uma escultura de Vhils, de dois metros de altura, duas toneladas de peso e milhares de pedaços minúsculos de papel de jornal que o artista fez para celebrar os 25 anos do PÚBLICO.

Agora é também o nosso olhar.

No início de 2015, quando o jornal se preparava para celebrar um quarto de século, Alexandro Farto, que assina como Vhils – e é hoje um dos artistas portugueses mais reconhecidos –, propôs fazer uma obra que sintetizasse o que o PÚBLICO representa para si.

“O PÚBLICO ajudou-me a ter um olhar sobre Portugal e o mundo”, contou Vhils na inauguração. Estiveram na "festa" muitos jornalistas do jornal, das diferentes gerações, como Adelino Gomes, repórter da equipa fundadora; os dois parceiros do projecto, a editora A Bela & O Monstro e a cimenteira Secil; Marina Ferreira, presidente do Porto de Lisboa; Pedro Bernardes, director-geral do Museu Berardo; o actor Rogério Samora, há anos a voz do PÚBLICO nas campanhas comerciais, entre outros.

A obra demorou mais de um ano a ser executada. Em Fevereiro de 2015, Vhils começou por analisar centenas de primeiras páginas, fez uma primeira selecção de dez capas por cada um dos 25 anos do jornal e, dessas, escolheu uma por ano. A partir daqui, transformou as capas originais em minúsculos pedacinhos, que a seguir montou sobre 25 placas acrílicas que, sobrepostas, formam um enorme olho.

“É comovente ver 25 anos de trabalho do PÚBLICO transformados numa obra de arte. É uma sorte, uma maravilha e uma honra para nós”, disse Bárbara Reis, directora do jornal.

Para Vhils, as 25 capas representam datas que mudaram o mundo e acontecimentos onde se revelou "o lado mais interventivo do PÚBLICO no moldar do olhar dos portugueses sobre a actualidade". "Quis prestar uma homenagem” ao jornal, disse o artista. “Em minha casa, o PÚBLICO sempre esteve à mão. O meu pai comprava-o todos os dias. Foi sempre um jornal que me ajudou a formar o olhar. O que o PÚBLICO representa é esse criar de um olhar para o país e o mundo. Para mim o PÚBLICO foi uma janela, vindo eu de um sítio onde não esperam muito de ti”, revelou o artista, referindo-se ao Seixal, na margem Sul do rio Tejo, onde cresceu.

Leia mais sobre Vhils

Na próxima segunda-feira, os leitores que se registarem no site do PÚBLICO poderão ver e ouvir Vhils a explicar o processo criativo da escultura Olhar.