Reclusos de Custóias terminam greve de fome que durava desde 19 de Abril
Em causa está uma tradutora de nacionalidade moldava, que no julgamento "não consegue traduzir correctamente a língua romena".
Os seis reclusos romenos do Estabelecimento Prisional de Custóias que estavam em greve de fome desde 19 de Abril puseram nesta segunda-feira termo àquela forma de protesto, informou à Lusa o advogado de um dos grevistas.
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Os seis reclusos romenos do Estabelecimento Prisional de Custóias que estavam em greve de fome desde 19 de Abril puseram nesta segunda-feira termo àquela forma de protesto, informou à Lusa o advogado de um dos grevistas.
Segundo Fernando Moura, a greve de fome terminou depois de os reclusos terem conseguido provar que a tradutora escolhida pelos tribunais para os seus processos "não está autorizada pelo Ministério da Justiça da Roménia".
"Tenho em mãos um documento do Ministério da Justiça romeno que garante que a tradutora em questão não está autorizada nem é reconhecida oficialmente como tal pelas autoridades da Roménia", referiu Fernando Moura.
Em causa está uma tradutora de nacionalidade moldava, que, ainda segundo Fernando Moura, "não consegue traduzir correctamente a língua romena", acabando por prejudicar os arguidos, nomeadamente no que se refere às escutas telefónicas.
O advogado sustentou ainda que os reclusos, todos em prisão preventiva por furtos, se dizem "discriminados" pela Justiça portuguesa.
"Estamos a falar de pequenos furtos, mas o que acontece é que os processos acabam por ser todos juntos para parecer uma coisa em grande e para assim de alguma forma justificar a prisão preventiva", acrescentou, por entre acusações de "xenofobia".