Provas de aferição serão realizadas em 57% das escolas

Decisão pertenceu aos directores das escolas. As provas irão realizar-se em Junho.

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As provas estão marcadas para os dias 6 e 8 de Junho Fernando Veludo/NFactos

Terminado o prazo para os directores comunicarem a sua intenção de realizarem ou não as provas de aferição, 57% decidiram realizar este ano as provas dos 2.º, 5.º e 8.º anos de escolaridade, informou o Ministério da Educação numa nota enviada neste sábado à comunicação social.

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Terminado o prazo para os directores comunicarem a sua intenção de realizarem ou não as provas de aferição, 57% decidiram realizar este ano as provas dos 2.º, 5.º e 8.º anos de escolaridade, informou o Ministério da Educação numa nota enviada neste sábado à comunicação social.

O Ministério da Educação (ME) decidiu colocar a decisão nas mãos das escolas, depois de num primeiro momento ter anunciado que as provas já seriam obrigatórias neste ano lectivo. A realização das provas de aferição, que não contam para a nota final dos alunos, está marcada para a segunda semana de Junho, nos dias 6 e 8.

Na nota do Ministério da Educação refere-se que os 57% de directores que aceitaram realizá-las são “uma amostra significativa para proceder a uma aferição válida do sistema”. Informa-se ainda que menos de 8% dos directores decidiram realizar as provas dos 4.º e 6.º anos em conjunto com as provas dos 2.º, 5.º e 8.º anos de escolaridade e apenas 2% optou por realizar apenas as provas dos 4.º e 6.º anos.

O Ministério da Educação agradece ainda “o empenho de todos os directores, independentemente da sua decisão, na mobilização de cada comunidade escolar para a opção que, neste ano transitório, consideraram ser a mais conveniente”.

A decisão pertenceu aos directores, depois de ouvido os Conselhos Pedagógicos. O presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, Manuel Pereira, tinha já apontado nesta semana ao PÚBLICO para uma adesão da ordem dos 50% ou mesmo superior. Já Filinto Lima, que preside à Associação Nacional dos Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), previa que fossem mais as escolas que não realizariam as provas de aferição do que aquelas que o fariam, embora a diferença pudesse ser pouca.

“A opinião dos professores foi maioritariamente contra, por razões que são compreensíveis e que eu também partilho como docente. Têm a ver com a mudança de regras, quando o ano lectivo já ia a meio, ou com a percepção de que os alunos não estão preparados psicologicamente para as realizar neste ambiente”, descreveu então Manuel Pereira.

Os directores que optaram por não realizar as provas tiveram até este sábado para comunicá-lo ao Ministério da Educação, sendo obrigados a fundamentar a sua decisão. “O Ministério da Educação tem uma preferência para que estas se realizem, mas entende que, por razões ponderosas, as escolas possam não o fazer”, admitiu recentemente no Parlamento a secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão.

As provas no 2.º, 5.º e 8.º ano estão previstas no novo modelo de avaliação para o ensino básico, apresentado em Janeiro passado e ao qual foi depois acrescentado, em Março, um regime transitório que torna a sua realização facultativa este ano. O mesmo modelo de avaliação pôs fim aos exames nacionais dos 4.º e 6.º anos de escolaridade, mantendo apenas as provas finais do 9.º ano.