Governo pondera abater helicóptero Kamov danificado em acidente

Administração Interna ainda não sabe quantos Kamov estarão disponíveis para combater incêndios este Verão.

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Neste momento só há três helicópteros Kamov a operar Vasco Célio

O Governo está a ponderar abater um dos helicópteros pesados kamov de combate a incêndios, propriedade do Estado, aparelho esse que se encontra parado desde Setembro de 2012 na sequência de um acidente grave que danificou a aeronave. A informação foi avançada esta terça-feira pelo secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, no Parlamento.

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O Governo está a ponderar abater um dos helicópteros pesados kamov de combate a incêndios, propriedade do Estado, aparelho esse que se encontra parado desde Setembro de 2012 na sequência de um acidente grave que danificou a aeronave. A informação foi avançada esta terça-feira pelo secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, no Parlamento.

O governante não soube esclarecer quantos helicópteros kamov, dos seis que o Estado comprou em 2006, vão estar ao serviço este Verão. Apenas existem três em condições de voar nos próximos meses, mas o governante explicou que o contrato que o Estado português celebrou com a empresa que opera e mantém os helicópteros, a Everjets, lhe poderá assegurar a substituição de dois dos aparelhos inoperacionais, elevando assim para cinco o número de Kamov que integrarão o dispositivo de combate aos incêndios florestais. 

No ano passado o dispositivo de combate aos incêndios só contou com três dos cinco kamov que estavam previstos, o que fez com que o total de aparelhos disponíveis na época mais crítica dos fogos, entre Julho e Setembro, se ficasse pelos 47 meios. Dois dos helicópteros pesados do Estado acabaram por não estar disponíveis no verão do ano passado deviado a problemas técnicos identificados durante a transferência dos aparelhos para a empresa que ganhou o concurso público para operar e manter as aeronaves, com acusações de manutenção deficiente à anterior responsável.

A anterior ministra da Administração Interna pediu então a abertura de um inquérito ao caso, uma investigação que ficou a cargo da Inspecção-Geral da Administração Interna e deverá terminar este mês. O inquérito foi aberto em Junho do ano passado para apurar responsabilidades depois de terem sido detectados problemas “graves no estado das aeronaves” pesadas do Estado, que ditaram a paragem dos cinco aparelhos, em Maio do ano passado.

Os problemas mecânicos nas aeronaves foram detectados durante o processo de transferência da operação dos Kamov para a empresa Everjets. Até então a operação desses meios era assegurada directamente pelo Estado, primeiro através da Empresa de Meios Aéreos e, depois da extinção desta, pela Autoridade Nacional de Protecção Civil. Durante esse período, o Estado contratava a manutenção daquelas aeronaves à empresa Heliportugal, a sociedade que vendera os seis Kamov ao Estado.

A meio de Janeiro, o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, informou que os dois helicópteros pesados que continuam inoperacionais iriam ser reparados "com a máxima urgência", para poderem integrar a fase mais crítica dos incêndios do próximo Verão. Contudo, em Março, o mesmo governante informava que a reparação, avaliada em mais de oito milhões de euros, ia avançar, mas os helicópteros só voltariam a voar em 2017.