Não foi só Prince: um número estranho de estrelas pop morre aos cinquenta

Estudo de professora da Universidade de Sydney desfaz o mito do "clube dos 27".

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Andrew Caballero-Reynolds/Reuters

O lendário músico Prince foi encontrado morto na quinta-feira, aos 57 anos, na sua casa em Minneapolis, EUA.

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O lendário músico Prince foi encontrado morto na quinta-feira, aos 57 anos, na sua casa em Minneapolis, EUA.

As circunstâncias da sua morte ainda não são conhecidas, mas os músicos famosos têm tendência para morrer cedo. Os fãs da música e até investigadores notam pesarosamente a existência do “clube dos 27”, que inclui artistas famosos – Kurt Cobain, Amy Winehouse, Janis Joplin e Jimi Hendrix – que morreram com essa idade.

Mas uma investigação publicada na The Conversation por Dianna Theadora Kenny, uma professora de Psicologia e de Música na Universidade de Sydney, conclui que o “clube do 27” é, em larga medida, um mito. Kenny analisou a morte de mais de 12 mil músicos pop entre os anos de 1950 e 2014 e a conclusão é que os artistas estudados morreram mais aos 50 anos e muitos e aos 60 anos e pouco.

Uma herança de diamantes e pérolas

Prince morreu aos 57 anos, a idade com a terceira maior frequência na base de dados de Kenny. A idade mais “mortal” foi 56, com 2,3% das mortes a ocorrerem nessa altura.

Os investigadores concluíram genericamente que o risco de morte dos músicos é maior nas primeiras décadas de vida do que no caso da população em geral. E a pesquisa de Kenny mostra que a esperança de vida dos músicos analisados na sua base de dados é significativamente menor do que a da população em geral, em todas as décadas do seu estudo.

A cor de Prince? Naturalmente púrpura

“Ao longo das sete décadas estudadas, o período de vida dos músicos era pelo menos 25 anos mais curto do que a esperança média de vida da população americana”, escreve Kenny. “O número de mortes acidentais era cinco a dez vezes superiores. As taxas de suicídio eram duas a sete vezes maiores e as taxas de homicídio são oito vezes maiores do que na população americana.”

Os dados de Kenny sugerem que a vida de uma estrela pop não é só glamour e glória – há muito sofrimento humano escondido atrás do pano.

Exclusivo PÚBLICO/Washington Post