Cláudia Varejão, Miguel Seabra Lopes e Karen Akerman no Visions du Réel

Um importante festival de cinema documental recebe Ama-San e Talvez Deserto, Talvez Universo

Foto
Ama-San, de Cláudia Varejão

As longas-metragens Ama-San, de Cláudia Varejão, e Talvez Deserto, Talvez Universo, de Miguel Seabra Lopes e Karen Akerman estão seleccionados para o festival de cinema documental - um dos mais importantes - o Visions du Réel - de hoje e até 23 de Abril em Nyon, Suíça.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

As longas-metragens Ama-San, de Cláudia Varejão, e Talvez Deserto, Talvez Universo, de Miguel Seabra Lopes e Karen Akerman estão seleccionados para o festival de cinema documental - um dos mais importantes - o Visions du Réel - de hoje e até 23 de Abril em Nyon, Suíça.

Foto
Talvez Deserto, Talvez Universo, de Miguel Seabra Lopes e Karen Akerman

Ama-san estreia-se na competição internacional do Visions du Réel: retrato, segundo a produtora Terratreme, da comunidade de mergulhadoras Ama-San, desenvolvido em torno do quotidiano de três delas, de gerações distintas. Segundo a realizadora, citada através do comunicado da Terra Treme, “é um filme sobre a doçura a que se permite uma mulher que é capaz de tudo. É sobre o poder feminino e a forma como ele é canalizado, seja na vida do mar ou em terra. É um filme sobre a força - não sobre os outros – mas sobre o nosso corpo face à vida.” A primeira longa-metragem da realizadora nascida no Porto, No Escuro do Cinema Descalço os Sapatos, estreou em Março no festival internacional Cinema du Réel em Paris.
Talvez Deserto, Talvez Universo, ainda uma produção Terratreme, chega ao Visions du Réel com prémios na Competição Nacional do Doclisboa’15. Rodado na Unidade de Internamento de Psiquiatria Forense, no Hospital Júlio de Matos, em Lisboa, são sequências de aproximação a um mundo instável, à respiração desse movimento, às possibilidades desse mundo. Karen Akerman é montadora, produtora e realizadora, Miguel Seabra Lopes é argumentista, produtor e realizador. A dupla trabalha neste momento uma curta-metragem, adaptação de um texto de Herberto Hélder.