Jerónimo: Marcelo não quer apoio dos “derrotados” das legislativas por recear pelo seu futuro

secretário-geral do PCP em almoço convívio com apoiantes da candidatura de Edgar Silva.

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Jerónimo de Sousa é secretário-geral desde 2004 Daniel Rocha

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu neste sábado que o candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa dispensa o apoio da direita e dos “derrotados” das eleições legislativas de Outubro por temer que isso comprometa o seu futuro.

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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu neste sábado que o candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa dispensa o apoio da direita e dos “derrotados” das eleições legislativas de Outubro por temer que isso comprometa o seu futuro.

Num almoço convívio com apoiantes da candidatura de Edgar Silva, apoiada pelo PCP, na Ajuda, em Lisboa, Jerónimo de Sousa disse que o candidato da direita “não quer ser, ou, pelo menos não quer parecer ser o candidato dessa direita”, acusando Marcelo Rebelo de Sousa de, ao longo dos 14 anos em que foi “comentador de serviço”, se limitar, de vez em quando, a dar ”uma bicada no PSD, no CDS e no Governo”.

“Devido à sua capacidade e à sua inteligência, claramente não quer que os derrotados das eleições de Outubro apareçam a apoiá-lo. Por isso viram Passos Coelho a recomendar o voto em Marcelo Rebelo de Sousa e não a apoiar. Porque tem a consciência de que esta identificação do PSD, do CDS e de Cavaco Silva, com a candidatura de direita e com a candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa, pode comprometer o seu futuro”, sustentou Jerónimo de Sousa.

No entender do líder comunista, Marcelo está a tentar “ceifar em diversas searas” pois não pode centralizar os apoios.

“Se afunila os apoios, como é que um democrata, um trabalhador que lutou tanto contra o Governo PSD/CDS, que esteve contra Cavaco Silva; como é que um reformado que viu as suas pensões, reformas e os seus direitos diminuírem; como é que um pequeno empresário que viu a sua empresa arruinada pelo PSD/CDS, por Passos Coelho e Paulo Portas, podem no dia 24 de Janeiro fazer um voto igualzinho a de Passos a de Portas e a de Cavaco Silva?”, questionou Jerónimo de Sousa.